Amor = Tempo, por José Luiz Ricchetti

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cabeca-ricchetti Amor = Tempo, por José Luiz Ricchetti
17.1-AmorTempo Amor = Tempo, por José Luiz Ricchetti

Hoje eu estava sentado na minha mesa, no escritório de casa quando minha filha Karina, de 4 anos, se aproximou e me deu um desenho que havia acabado de fazer.

Ela então me disse: – Papai desenhei você e a mamãe. (Vide Foto)

Carinhosamente agradeci dando-lhe um beijo e fui até meu armário para guardar o desenho, numa caixa de plástico, onde costumo colocar seus desenhos ou os pequenos trabalhos de escola, desses que ela faz e nos presenteia sempre como ‘obras de arte’.

No momento em que abri a caixa para depositar este seu último desenho, coincidentemente olhei para a prateleira na minha frente e vi um velho livrinho que há muitos anos havia ganho de um amigo tibetano, em uma das minhas muitas viagens ao oriente.

Era um livrinho com várias historinhas de vida e de aprendizados orientais.

Peguei aquele livro, com muita curiosidade, pois não me lembrava mais dele. Abri e vi uma dedicatória do meu velho amigo e monge tibetano Dawa, que dizia assim:

“Na vida procure sempre escrever amor com o tempo. (Veja a página 32)

Namastê

Dawa”

Abri rapidamente a página 32 e li a linda história que reproduzo resumidamente aqui:

“Um pequeno menino tibetano tinha apenas 4 anos e frequentava a escolinha infantil, quando sua professora pediu que fizesse um desenho de alguma coisa que ele gostasse muito.

O menino desenhou a sua mãe e seu pai e, ao redor das duas figuras, traçou um grande círculo com lápis vermelho.

Não contente em somente desenhar, o menino, que já tinha ouvido falar, que família é amor, queria então completar o desenho com a palavra amor colocada bem acima do círculo.

Mas como não sabia escrevê-la foi então até a mesa da professora e perguntou:

– Professora, como a gente escreve…..?

Ela não o deixou nem concluir a pergunta e o mandou de volta para seu lugar, pois estava interrompendo a sua aula.

No mesmo dia quando chegou em casa ele pegou o desenho e foi atrás da sua mãe, na cozinha, disposto a fazer a mesma pergunta a ela:

– Mamãe, como a gente escreve……?

Sua mãe também não o deixou terminar a pergunta e mandou que ele fosse procurar o pai, pois estava ocupada terminando o jantar.

Assim que chegou na sala, viu seu pai sentado na poltrona, lendo o jornal. Mesmo assim, tentou fazer a mesma pergunta:

– Papai, como a gente escreve…… ?

– Menino, estou lendo e não quero ser interrompido. Vá brincar no seu quarto.

O garoto quase chorando, dobrou o desenho e o guardou.

Muitos anos se passaram……

O menino havia se tornado adulto, tinha mais de 30 anos e já estava casado.

Um dia, sua filha de 4 anos, fez um desenho. Era aquele mesmo tipo de desenho, onde se via algumas linhas representando o pai e a mãe, ou seja, a família.

O pai riu quando a filha apontou para aquela figura toda torta e lhe disse: 

– Este aqui é você, papai!

O pai pegou o desenho e notou que sua filha tinha feito, em volta do desenho, o mesmo grande círculo vermelho.

Ela então sentada no colo do pai e com um lápis posicionado acima daquele círculo vermelho lhe perguntou:

– Papai, como a gente escreve amor?

Ele abraçou a filha, tomou a sua mãozinha e enquanto as lágrimas lhe escolhiam pela face, bem devagar, foi ajudando a filha escrever letra por letra, enquanto ia lhe sussurrando no ouvido:

– Minha filha, AMOR se escreve com estas letrinhas: T…..E…..M…..P…..O “

Naquele momento eu fechei o livro e agradeci mentalmente a linda mensagem daquele meu amigo tibetano, enquanto procurava conter minhas lágrimas.

Me recompus rapidamente, voltei para meu escritório, onde estava minha filha, me sentei no chão com ela e gastei todo o resto do meu dia escrevendo amor com a palavra tempo.

Noto que as vezes dizemos “Não tive tempo!” E nos esquecemos que tempo é sempre uma questão de prioridade.

O amor pode nos roubar a identidade, nossos sonhos e até o tempo, mas não devemos nos preocupar com isso, pois em troca ele sempre nos traz a felicidade.

Temos que nos esforçar para encontrar em cada espaço do nosso tempo, as nossas melhores razões para amar e para sorrir.

Nossas horas têm que ser gastas com pessoas que fazem o nosso tempo parar.

Pois afinal de contas nada melhor do que entendermos o quanto é importante aprendermos a escrever a palavra Amor usando as letrinhas da palavra Tempo!

ricchetti2-934x1024 Amor = Tempo, por José Luiz Ricchetti

SOBRE O AUTOR:
José Luiz Ricchetti, nascido em São Manuel, é oriundo de famílias das mais tradicionais da cidade como Ricchetti, Ricci e Silva, é casado e tem 3 filhos. Engenheiro Mecânico pela Escola de Engenharia Industrial – EEI, com pós-graduação na FGV em Administração de Empresas e Comércio Exterior, tem MBA na área de Gestão de TI e Telecom pelo INATEL-UCAM, tendo atuado por mais de 35 anos, como executivo de grandes empresas brasileiras e multinacionais no Brasil e no Exterior.

Amor = Tempo, por José Luiz Ricchetti

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cabeca-ricchetti Amor = Tempo, por José Luiz Ricchetti
17.1-AmorTempo Amor = Tempo, por José Luiz Ricchetti

Hoje eu estava sentado na minha mesa, no escritório de casa quando minha filha Karina, de 4 anos, se aproximou e me deu um desenho que havia acabado de fazer.

Ela então me disse: – Papai desenhei você e a mamãe. (Vide Foto)

Carinhosamente agradeci dando-lhe um beijo e fui até meu armário para guardar o desenho, numa caixa de plástico, onde costumo colocar seus desenhos ou os pequenos trabalhos de escola, desses que ela faz e nos presenteia sempre como ‘obras de arte’.

No momento em que abri a caixa para depositar este seu último desenho, coincidentemente olhei para a prateleira na minha frente e vi um velho livrinho que há muitos anos havia ganho de um amigo tibetano, em uma das minhas muitas viagens ao oriente.

Era um livrinho com várias historinhas de vida e de aprendizados orientais.

Peguei aquele livro, com muita curiosidade, pois não me lembrava mais dele. Abri e vi uma dedicatória do meu velho amigo e monge tibetano Dawa, que dizia assim:

“Na vida procure sempre escrever amor com o tempo. (Veja a página 32)

Namastê

Dawa”

Abri rapidamente a página 32 e li a linda história que reproduzo resumidamente aqui:

“Um pequeno menino tibetano tinha apenas 4 anos e frequentava a escolinha infantil, quando sua professora pediu que fizesse um desenho de alguma coisa que ele gostasse muito.

O menino desenhou a sua mãe e seu pai e, ao redor das duas figuras, traçou um grande círculo com lápis vermelho.

Não contente em somente desenhar, o menino, que já tinha ouvido falar, que família é amor, queria então completar o desenho com a palavra amor colocada bem acima do círculo.

Mas como não sabia escrevê-la foi então até a mesa da professora e perguntou:

– Professora, como a gente escreve…..?

Ela não o deixou nem concluir a pergunta e o mandou de volta para seu lugar, pois estava interrompendo a sua aula.

No mesmo dia quando chegou em casa ele pegou o desenho e foi atrás da sua mãe, na cozinha, disposto a fazer a mesma pergunta a ela:

– Mamãe, como a gente escreve……?

Sua mãe também não o deixou terminar a pergunta e mandou que ele fosse procurar o pai, pois estava ocupada terminando o jantar.

Assim que chegou na sala, viu seu pai sentado na poltrona, lendo o jornal. Mesmo assim, tentou fazer a mesma pergunta:

– Papai, como a gente escreve…… ?

– Menino, estou lendo e não quero ser interrompido. Vá brincar no seu quarto.

O garoto quase chorando, dobrou o desenho e o guardou.

Muitos anos se passaram……

O menino havia se tornado adulto, tinha mais de 30 anos e já estava casado.

Um dia, sua filha de 4 anos, fez um desenho. Era aquele mesmo tipo de desenho, onde se via algumas linhas representando o pai e a mãe, ou seja, a família.

O pai riu quando a filha apontou para aquela figura toda torta e lhe disse: 

– Este aqui é você, papai!

O pai pegou o desenho e notou que sua filha tinha feito, em volta do desenho, o mesmo grande círculo vermelho.

Ela então sentada no colo do pai e com um lápis posicionado acima daquele círculo vermelho lhe perguntou:

– Papai, como a gente escreve amor?

Ele abraçou a filha, tomou a sua mãozinha e enquanto as lágrimas lhe escolhiam pela face, bem devagar, foi ajudando a filha escrever letra por letra, enquanto ia lhe sussurrando no ouvido:

– Minha filha, AMOR se escreve com estas letrinhas: T…..E…..M…..P…..O “

Naquele momento eu fechei o livro e agradeci mentalmente a linda mensagem daquele meu amigo tibetano, enquanto procurava conter minhas lágrimas.

Me recompus rapidamente, voltei para meu escritório, onde estava minha filha, me sentei no chão com ela e gastei todo o resto do meu dia escrevendo amor com a palavra tempo.

Noto que as vezes dizemos “Não tive tempo!” E nos esquecemos que tempo é sempre uma questão de prioridade.

O amor pode nos roubar a identidade, nossos sonhos e até o tempo, mas não devemos nos preocupar com isso, pois em troca ele sempre nos traz a felicidade.

Temos que nos esforçar para encontrar em cada espaço do nosso tempo, as nossas melhores razões para amar e para sorrir.

Nossas horas têm que ser gastas com pessoas que fazem o nosso tempo parar.

Pois afinal de contas nada melhor do que entendermos o quanto é importante aprendermos a escrever a palavra Amor usando as letrinhas da palavra Tempo!

ricchetti2-934x1024 Amor = Tempo, por José Luiz Ricchetti

SOBRE O AUTOR:
José Luiz Ricchetti, nascido em São Manuel, é oriundo de famílias das mais tradicionais da cidade como Ricchetti, Ricci e Silva, é casado e tem 3 filhos. Engenheiro Mecânico pela Escola de Engenharia Industrial – EEI, com pós-graduação na FGV em Administração de Empresas e Comércio Exterior, tem MBA na área de Gestão de TI e Telecom pelo INATEL-UCAM, tendo atuado por mais de 35 anos, como executivo de grandes empresas brasileiras e multinacionais no Brasil e no Exterior.

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