Nesta segunda-feira, 26 de agosto, o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, declarou que 99,9% dos incêndios registrados no estado de São Paulo durante o fim de semana foram causados por “ação humana”. Até o momento, a Polícia Federal já abriu pelo menos 31 inquéritos para investigar possíveis incêndios criminosos na região.
Durante uma coletiva de imprensa, Wolff destacou que a corporação utilizará imagens de satélite para auxiliar na identificação dos focos iniciais dos incêndios. “Quando a Polícia Federal suspeita de provocação humana, um inquérito é aberto e o processo se desenrola”, explicou Wolff, acrescentando que “a investigação determinará o resultado de cada caso.”
Wolff expressou surpresa com o fato de quase 50 municípios paulistas terem registrado focos de incêndio simultaneamente. Ele também mencionou a ausência de chuvas até sábado, 24 de agosto, e ventos de até 70 km/h como fatores que contribuíram para a situação.
Redução dos Focos
Na manhã desta segunda-feira, a Defesa Civil de São Paulo relatou uma significativa redução nos focos de incêndio ativos, atribuída à umidade trazida pelas chuvas de domingo, 25 de agosto, que extinguiram a maioria dos focos. “Não podemos baixar a guarda”, alertou Wolff, mencionando que os poucos focos restantes estão sendo combatidos com o auxílio de helicópteros, uma aeronave KC-360 com capacidade para 12 mil litros de água, e cerca de 500 homens do Exército brasileiro.
Situação de Emergência
Até o momento, 56 municípios paulistas relataram terem sido afetados pelos incêndios, mas não há decreto federal de reconhecimento de situação de emergência. Wolff explicou que é necessário que os municípios publiquem decretos locais e comuniquem o estado antes que o reconhecimento federal possa ser realizado.
Em resposta aos incêndios intensos, o governo de São Paulo criou um gabinete de crise no sábado, 24 de agosto, para gerenciar ações de monitoramento e controle.
Situação Anômala
Raoni Rajão, diretor de Controle do Desmatamento e Queimadas do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, classificou os incêndios como uma “situação anômala” e expressou estranheza com o aumento repentino de focos em áreas distantes entre si. Ele destacou que as áreas afetadas, em sua maioria, concentram lavouras de cana, onde o uso do fogo para manejo não faria sentido. Rajão também observou que não houve registros de raios, relâmpagos ou acidentes com torres de alta tensão que pudessem ter iniciado os incêndios.
Fonte: Jornal Leia Notícias
#IncêndiosSP #AçãoHumana #DefesaCivil #MeioAmbiente #Investigação #PolíciaFederal #Emergência #MudançaClimática