Os dois lados tem a razão, mas a dificuldade no diálogo voltou a azedar a relação entre prefeito e e vereadores. Veja em vídeo o que alegaram as partes!
A cidade de São Manuel assiste o início de uma crise em seu transporte público. Operando em déficit financeiro, a empresa responsável pelo serviço pediu ajuda ao executivo, que tendo dificuldade de um bom diálogo junto aos vereadores, viu seu pedido ser negado pela Câmara Municipal durante sessão extraordinária na sexta-feira, 25 de junho, e diz que o serviço pode até parar.
Segundo nota emitida pela prefeitura nesta segunda-feira, 28, durante a elaboração da licitação concluiu-se, segundo as informações prestadas pela empresa que operava em caráter precário, que a média de passageiros do transporte era de 30 mil pessoas por mês e que o custo mensal do serviço seria de aproximadamente R$ 130 mil. Para que a tarifa ficasse acessível a população, foi aprovado um custeio de até 20% o valor do transporte público.
Porém, com a pandemia, o número de passageiros pagantes diminuiu drasticamente e os custos operacionais não, uma vez que as linhas continuam a circular. A empresa Fênix teve um prejuízo de cerca de R$ 311 mil acumulados entre os meses de outubro de 2020 a maio de 2021, pois a média de passageiros caiu de 30 mil para 6 mil passageiros por mês.
Em sua nota, a prefeitura diz entender que não só era devida a indenização a empresa, como a remoção do limite do subsídio por 180 dias, para que a Prefeitura pudesse arcar com o transporte público municipal sem trazer prejuízo aos cidadãos que dele fazem uso diariamente, uma vez que estes são pessoas normalmente de menor poder aquisitivo.
A vereadora Hionita informou ser contrária a solução encontrada pela prefeitura e que faltou mais uma vez transparência por parte do prefeito, uma vez que ele mesmo, durante reunião com os vereadores, falou sobre a situação, mas omitiu por exemplo, a proposta de remover por seis meses o limite de custeio dos transportes.
Ela disse ainda que ela esteve recentemente no gabinete do prefeito, onde levou um pedido de mães, para que fosse colocado um ponto na APAE. O prefeito teria na ocasião acatado o pedido e em frente a outros vereadores, dito que o ponto funcionária a partir de 01 de junho, o que não aconteceu e segundo a vereadora, quando procurou o prefeito, ele teria usado o caso como um tipo de moeda de troca pela aprovação do aumento do custeio do transporte público.
O vereador Jacó disse que o prefeito distratou o vereador Ricardo Motorista quando este pediu certas informações sobre o assunto, o que foi um tremendo desrespeito com a casa.
Veja o que o prefeito disse sobre o caso em vídeo:
Veja o que alegaram os vereadores quando recusaram o pedido: