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“Para o ano que vem, vamos dar um reajuste bom no salário e também no vale alimentação, muito maior do que a inflação” diz prefeito em entrevista ao Jornal da Clube, com Thiago Melego e Pedro Biandan. A informação veio após vários municípios anunciarem reajustes no vale alimentação.
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Reajuste salarial e no vale-alimentação em 2026: Um planejamento em andamento
O prefeito Odirlei Félix explicou que, devido a dificuldades orçamentárias e a necessidade de manter a responsabilidade fiscal, conforme exigido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), não foi possível conceder aumento salarial ou reajuste no vale-alimentação em 2025. Ele detalhou que a administração municipal está trabalhando ativamente para equilibrar as contas públicas, buscando otimizar a arrecadação de impostos como o IPTU e o ISS, e reduzir despesas através da renegociação de contratos com fornecedores e da implementação de medidas de eficiência administrativa. O objetivo é garantir que o reajuste de 2026 seja sustentável a longo prazo, se as condições financeiras permitirem. A sustentabilidade do reajuste é crucial para evitar futuros problemas financeiros para o município e garantir que os servidores não sejam prejudicados a longo prazo.
No entanto, a administração municipal conseguiu conceder um aumento de 5% nos salários, mesmo sem previsão orçamentária inicial, demonstrando o compromisso com os servidores. Este aumento foi possível através de uma gestão eficiente dos recursos, priorizando as necessidades dos funcionários públicos e buscando alternativas para otimizar o orçamento. Por exemplo, a administração implementou um sistema de controle de gastos mais rigoroso, que permitiu identificar e cortar despesas desnecessárias. Além disso, a administração buscou aumentar a arrecadação de impostos através da fiscalização e da cobrança de dívidas ativas.
O vice-prefeito Gê Barros ressaltou que a gestão anterior concedeu um aumento de 5%, mas a alíquota do Iprem (Instituto de Previdência Municipal) aumentou de 11% para 14%, o que impactou negativamente o salário líquido dos servidores. Ele explicou que essa situação gerou uma perda real no poder de compra dos servidores, e a atual administração está buscando formas de compensar essa perda. A administração está considerando medidas como a revisão da alíquota do Iprem, buscando junto ao governo estadual ou federal a possibilidade de reduzir a alíquota, ou a criação de um programa de benefícios para os servidores, como a oferta de convênios com descontos em serviços de saúde, educação e lazer.
Odirlei Félix destacou que a opção por dar aumento no salário, em vez de apenas no vale-alimentação, tem um reflexo maior na carreira do servidor. O aumento salarial impacta diretamente o cálculo de benefícios como férias, 13º salário e aposentadoria, enquanto o vale-alimentação tem um impacto mais imediato no orçamento familiar. Por exemplo, um servidor que recebe um aumento salarial de R$ 100 terá um impacto maior em sua aposentadoria do que se recebesse um aumento de R$ 100 no vale-alimentação. Além disso, um aumento no salário é um reconhecimento do valor do trabalho do servidor e pode aumentar a motivação e o engajamento no serviço público. Estudos mostram que servidores que se sentem valorizados e reconhecidos tendem a ser mais produtivos e a ter um desempenho melhor em suas funções. A decisão de priorizar o aumento salarial reflete a visão da administração de valorizar o servidor como um todo, e não apenas como um provedor de serviços. A administração também está considerando a implementação de um plano de carreira para os servidores, que prevê a progressão salarial com base no desempenho e na qualificação profissional. Este plano de carreira visa incentivar o desenvolvimento profissional dos servidores e garantir que eles sejam recompensados pelo seu trabalho e dedicação.
