O Sindicato dos Metalúrgicos de Botucatu protocolou oficialmente o estado de greve na Embraer, sinalizando que paralisações podem ocorrer a qualquer momento. A decisão foi tomada após a rejeição da proposta salarial apresentada pela empresa e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) durante uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho, em Campinas.
Impasse nas negociações
O presidente do sindicato, Claudio Beiço, emitiu um comunicado aos colaboradores da Embraer, destacando:
“A FIESP continua sendo intransigente e, mesmo perante a juíza do trabalho, não fez nenhuma melhoria em sua proposta.”
O sindicato argumenta que, após anos sem aumento real, a Embraer tem condições financeiras de melhorar a oferta. A unidade de Botucatu conta com 2.200 colaboradores que podem ser afetados pela possível paralisação.
Posição dos trabalhadores
Uma assembleia com votação secreta foi realizada, onde:
“Foi rejeitado pela ampla maioria a proposta apresentada pela Embraer.”
Esta decisão reforça a pressão por uma solução que atenda às expectativas da categoria.
Resposta da Embraer
A empresa emitiu uma nota afirmando que já concedeu reajustes:
“A Embraer concedeu por liberalidade no mês de setembro um reajuste salarial de 5% e aumento de 14,2% no vale alimentação para colaboradores com salários de até R$ 10 mil…”
Segundo a Embraer, esta proposta equivale a um aumento de 34,7% acima da inflação do período, que foi de 3,71%.
Próximos passos
O sindicato afirma estar aberto ao diálogo, mas adverte:
“Sempre nos pautamos pelo diálogo, mas desta vez a empresa está nos forçando a tomar atitudes mais energéticas.”
Fonte: Jornal Leia Notícias