CRÔNICA: A ESTAÇÃO FERROVIÁRIA

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cabeca-ricchetti CRÔNICA: A ESTAÇÃO FERROVIÁRIA

(Crônica criada e escrita por José Luiz Ricchetti)

Na estação ferroviária de São Manuel, recentemente reconstruída, paira uma aura de saudade e renovação. Ali, onde os trilhos antigos se contrapõem ao novo asfalto, ecos de um passado vibrante encontram a quietude de um presente sereno. É como se as paredes recém-pintadas sussurrassem histórias de outrora, embaladas pelo ritmo constante dos velhos trens da Sorocaba.

Ali no pátio daquela estação, onde o velho bebedouro ainda procura de volta o seu lugar ao sol, percebemos quantos não foram os momentos em que palavras foram esquecidas de dizer, frases que hoje o vento nos traz de volta para rememorar esses momentos que ecoam na alma dos que hoje ali passam novamente, lembrando que sempre fica algo por dizer, algo por sentir.

Na antiga plataforma, ainda sentimos o mesmo vento vindo acariciar o rosto, trazendo lembranças de tempos antigos, quando os trens eram mais que meros veículos – eram contos em movimento, laços que uniam distâncias, sonhos que corriam pelos trilhos.

image-13 CRÔNICA: A ESTAÇÃO FERROVIÁRIA

É nessas horas que revisitamos nossa mente e vemos o trem se aproximando lentamente, puxado pela velha Maria Fumaça. Sua chegada é um espetáculo de luz e sombra, o sol refletindo em cada vagão, criando um brilho que quase cega. Naquele instante, percebemos que o trem não carrega apenas passageiros, mas também fragmentos de histórias não contadas, promessas esquecidas e emoções reprimidas. Cada janela revela um rosto, cada rosto uma história, e o trem, imperturbável, retoma seu caminho e segue, levando consigo a essência de cada um.

Então ao entrarmos nesse trem vemos a luz e sentimos o calor trazido pelo sol que entra pelas janelas. O mesmo sol, testemunha silenciosa, que aquece e ilumina, mas também queima e revela. Na plataforma, as pessoas aguardam, cada uma com sua própria bagagem de vida, pronta para embarcar ou desembarcar, pronta para encontrar ou deixar algo para trás.

O sol que ilumina o velho trem é o mesmo que aquece nossos corações. E assim, a estação volta a se tornar um ponto de convergência de tempos, onde o presente se encontra com o passado e prepara-se para o futuro. O trem continua sua jornada, e nós, meros passageiros da vida, seguimos em frente, com o sol na cabeça e o coração cheio de memórias.

Então percebemos que a velha estação de São Manuel, com sua nova face, e seu aspecto visual renovado, ainda guarda a alma de antigamente. Cada partida e chegada volta a ser uma nota na canção do vento, que nunca se cansa de voar. E enquanto houver estações, trens e histórias para contar, haverá sempre algo por dizer, algo para lembrar, algo para sentir…

José Luiz Ricchetti – 07/07/24

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(Crônica criada e escrita por José Luiz Ricchetti)

Na estação ferroviária de São Manuel, recentemente reconstruída, paira uma aura de saudade e renovação. Ali, onde os trilhos antigos se contrapõem ao novo asfalto, ecos de um passado vibrante encontram a quietude de um presente sereno. É como se as paredes recém-pintadas sussurrassem histórias de outrora, embaladas pelo ritmo constante dos velhos trens da Sorocaba.

Ali no pátio daquela estação, onde o velho bebedouro ainda procura de volta o seu lugar ao sol, percebemos quantos não foram os momentos em que palavras foram esquecidas de dizer, frases que hoje o vento nos traz de volta para rememorar esses momentos que ecoam na alma dos que hoje ali passam novamente, lembrando que sempre fica algo por dizer, algo por sentir.

Na antiga plataforma, ainda sentimos o mesmo vento vindo acariciar o rosto, trazendo lembranças de tempos antigos, quando os trens eram mais que meros veículos – eram contos em movimento, laços que uniam distâncias, sonhos que corriam pelos trilhos.

image-13 CRÔNICA: A ESTAÇÃO FERROVIÁRIA

É nessas horas que revisitamos nossa mente e vemos o trem se aproximando lentamente, puxado pela velha Maria Fumaça. Sua chegada é um espetáculo de luz e sombra, o sol refletindo em cada vagão, criando um brilho que quase cega. Naquele instante, percebemos que o trem não carrega apenas passageiros, mas também fragmentos de histórias não contadas, promessas esquecidas e emoções reprimidas. Cada janela revela um rosto, cada rosto uma história, e o trem, imperturbável, retoma seu caminho e segue, levando consigo a essência de cada um.

Então ao entrarmos nesse trem vemos a luz e sentimos o calor trazido pelo sol que entra pelas janelas. O mesmo sol, testemunha silenciosa, que aquece e ilumina, mas também queima e revela. Na plataforma, as pessoas aguardam, cada uma com sua própria bagagem de vida, pronta para embarcar ou desembarcar, pronta para encontrar ou deixar algo para trás.

O sol que ilumina o velho trem é o mesmo que aquece nossos corações. E assim, a estação volta a se tornar um ponto de convergência de tempos, onde o presente se encontra com o passado e prepara-se para o futuro. O trem continua sua jornada, e nós, meros passageiros da vida, seguimos em frente, com o sol na cabeça e o coração cheio de memórias.

Então percebemos que a velha estação de São Manuel, com sua nova face, e seu aspecto visual renovado, ainda guarda a alma de antigamente. Cada partida e chegada volta a ser uma nota na canção do vento, que nunca se cansa de voar. E enquanto houver estações, trens e histórias para contar, haverá sempre algo por dizer, algo para lembrar, algo para sentir…

José Luiz Ricchetti – 07/07/24

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