CAPÍTULO XV – NOSSO CINEMA PARADISO

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cabeca-ricchetti CAPÍTULO XV – NOSSO CINEMA PARADISO

Saindo de Aparecidinha, enquanto via pela janela o carro dar uma volta no entorno da torre da Igreja, para seguir rumo a mais uma viagem, eu percebi o quanto eu estava realmente cansado.

O meu corpo estava sentindo aquelas viagens. Além disso aquelas inúmeras rateadas do velho Ford e o nível de combustível continuava me preocupando… Então me deitei sobre o banco traseiro e cochilei, talvez por uns dez ou quinze minutos.

image-13 CAPÍTULO XV – NOSSO CINEMA PARADISO

Assim que acordei do cochilo, percebi que tinha sonhado com algumas cenas de um filme, que eu tinha assistido na semana anterior, bem antes de começar essa louca viagem no tempo.

O filme era o fantástico “Cinema Paradiso”, obra prima do famoso cineasta italiano, Giuseppe Tornatore. No filme o personagem principal, Salvatore (Totó) é um cineasta bem-sucedido que vive em Roma e que um determinado dia recebe um telefonema de sua mãe avisando que Alfredo o seu grande amigo, e quase um pai para ele, havia morrido.

Alfredo trabalhava como projecionista dos filmes do cinema da sua cidade natal, chamado “Cinema Paradiso”. Aquela notícia traz o Totó de volta as maravilhosas lembranças da sua infância e, principalmente daquele cinema, para onde, ele, quando pequeno, fugia sempre que podia, para assistir seus filmes. O Totó costumava ficar escondido, vendo os filmes proibidos, atrás das cortinas do cinema, onde o vigário da cidade, censurava as imagens, que tivesse alguma cena mais picante ou até mesmo um simples beijo….

Enquanto me lembrava do meu sonho e das cenas principais do filme, me lembrei que também já tinha tido o meu “Cinema Paradiso”. Foi durante a minha infância, exatamente lá, na minha pequena cidade natal, São Manuel.

Ele se chamava “Salão Paroquial” ou “Cinema dos Padres” e tinha o seu censor, o irrequieto e vigário italiano, o Padre Radici. A projeção dos filmes ficava a cargo de um leigo católico, o diácono da igreja, o Irmão Aldo.

O prédio ficava ali na região central da cidade, bem na Av. Irmãs Cintra, ao lado da Casa Paroquial, e atrás da Igreja Matriz. Ali também moravam os padres da “Consolata”, Congregação Missionária da Igreja Católica, à qual todos eles eram filiados.

A construção do prédio era bem antiga, tendo um largo e comprido corredor lateral, como se fosse uma grande entrada de garagem. Era ali naquela entrada, que nós crianças, logo depois do catecismo, ficávamos perfilados, formando uma grande fila, bem em frente aquelas portas de cor bege, construídas de várias folhas, emendadas por dobradiças e que davam acesso ao salão de projeção, a plateia como se dizia.

O salão não era tão grande, era simples, eu diria até espartano, com cadeiras de madeira, daquele tipo auditório, que levantam e abaixam o assento, e me lembro bem, que na sua parte de trás tinha um decalque, de fundo verde e letras amarelas, com a marca: “Móveis Cimo”.

Com todas essas pequenas lembranças e detalhes, fica impossível esquecer as inúmeras vezes em que, durante as cenas dos filmes, aquelas mais picantes ou com cenas de beijo, se podia ouvir o berro do atento vigário, ao seu dedicado assistente:

“Cortaaaaaa Aldo !!!!”

Ahh… Meu “Cinema Paradiso”, o velho salão paroquial onde o vigário Padre Radici encarnava o Padre Adelfio, o irmão Aldo vivia o Alfredo, aquele quase pai do Totó, o garoto que via todos os filmes, escondido, por detrás das cortinas.

E quem éramos todos nós, as crianças?

Ahh… Claro que éramos os verdadeiros “Totós”!

Éramos os Totós carregados da mesma curiosidade, da mesma emoção lúdica, da mesma esperteza, de garoto do interior, todos prontos, ali naquele cinema, para assistirmos os maravilhosos filmes, da nossa rica infância e se fosse possível ver escondido atrás da cortina todas as cenas proibidas e cortadas.

Quem de nós, por acaso não se lembra de torcer, batendo com os pés no chão, quando aparecia na tela uma daquelas perseguições, do mocinho, montado em seu cavalo, galopando, atrás do bandido?

Como nos esquecermos dos primeiros filmes de cowboy de Roy Rogers montando o lindo cavalo “Trigger” com seu cachorro “Bullet” e o inseparável amigo no Jeep de nome “Nellybelle”?

E da série “O Paladino do Oeste”, onde o personagem, todo de preto, se apresentava com um cartão de visita, com uma figura de um cavalo de jogo de xadrez e a inscrição bem abaixo: “Have Gun-Will Travel”?

E do fantástico “Zorro” e o seu traje também preto, usando capa, máscara e chapéu, montando o cavalo “Tornado”, imprimindo a marca “Z” com a espada, nos inimigos e sendo perseguido pelo engraçado Sargento Garcia?

E da outra série “Bat Masterson”, onde havia aquele senhor elegante que resolvia crimes e prendia bandidos e que só se apresentava de chapéu-coco, acompanhado de uma inseparável bengala?

E dos filmes de Tarzan, então, com sua macaca Chita? Ele sempre nadando perto de ferozes crocodilos e subindo em árvores para dar aquele grito ecoando na floresta, na voz do ator “Johnny Weissmuller”: – Aôôôôôô….Aôôôôôô…Aôôôôôô!!!!

Gritos que eu sempre gostava de imitar, quando brincava com os amigos, do alto da mangueira, no fundo do quintal de casa.

Sem falar então, de todos aqueles filmes épicos, que eram repetidos à exaustão, quase que todo mês, como se já estivessem ali no projetor do cinema, todos os dias, prontos para serem novamente exibidos, na última sessão do domingo de noite, tais como “Ben-Hur”, “Hércules” e “Os 10 mandamentos”.

Como, também não se lembrar daquele filme mais triste, aquele que fazia muita gente chorar, “Marcelino, Pão e Vinho” o menino inventor de histórias e o amigo imaginário, os milagres e as inúmeras conversas com Jesus, ao pé da cruz, no convento de frades.

E as engraçadas comédias do caipira Mazzaropi, como: “O Corintiano”, “A tristeza do Jeca”, “Jeca tatu”, “O vendedor de Linguiça”, “O Chofer de Praça”, “Jeca e a Égua milagrosa” e do trapalhão mexicano Cantinflas, com suas calças caídas…

Enquanto divago nos filmes e séries pelos meus pensamentos, o nosso Ford mais uma vez me surpreende, desce rapidamente das nuvens e aterrissa bem em frente ao salão paroquial!

O relógio aponta para 1962.

A emoção toma conta, pois assim que saio do carro, vejo o padre Radici organizando, junto com o irmão Aldo a fila de entrada do Cinema do Salão Paroquial, o nosso Cinema Paradizo!

Puxa! Até aquele momento eu ainda não tinha me dado conta de que foi ali, naquela nossa pequena cidade do interior, no simples salão paroquial, que tinha vivido tudo isso, todos esses sonhos quase impossíveis, todos esses prazeres proibidos, todos esses amores infinitos.

Foi ali, com certeza, que todos nós aprendemos a romper as barreiras da mente e nos entregarmos às fronteiras do acaso, para começar a sonhar. Éramos todos absurdamente felizes e não sabíamos!

Saio do carro e entro logo por aquelas velhas portas de várias folhas e me sento numa daquelas últimas cadeiras de madeira, do fundo do cinema, e irrequieto começo a assistir um filme, que nem sei qual é…

Logo noto que ao meu lado está exatamente o Padre Radici, em carne e osso, olhando algumas notas numa pequena caderneta. Logo imagino que devem ser as benditas anotações das partes do filme onde tem alguma cena “picante” ou algum beijo…

De repente ouço aquele seu grito característico: – Corta Aldoooooo !!!

Começo a rir sem conseguir me controlar e ninguém, ali ao meu lado, entende o porquê, já que o filme não parecia ser nenhuma comédia.

Saio do cinema, ainda rindo, o Ford, estacionado agora, do outro lado da rua, pisca as luzes, a buzina toca, corro e a tempo de ver suas luzes do painel piscando, indicando que era hora de partir.

Entro rapidamente no carro, ele ronca, rateia mais algumas vezes de modo estranho, mas consegue sair do lugar, ganhando, aos poucos, velocidade necessária na Av. Irmãs Cintra, até alçar voo bem na altura do Santuário, fazendo apenas uma pequena curva em volta da sua torre e desaparecendo nos céus da cidade.

Olho pela janela, vejo a minha cidade ficando pequena, enquanto o carro rateia mais uma vez, mas segue acelerando até atingir a velocidade de cruzeiro.

Mais uma vez me lembro de tudo aquilo, do cinema dos padres, dos filmes, dos cortes dos gritos de “cortaaaaa” do padre Radici, e do sisudo irmão Aldo e caio na risada novamente….

Todas aquelas passagens e acontecimentos ali no velho cinema me fazem lembrar de certa frase de Charles Chaplin, um dos grandes mitos do cinema, que misturadas a todos esses meus sentimentos e acontecimentos do Cinema Paradizo tupiniquim, me fazem reescrevê-la assim:

– Foi ali, no nosso modesto “Cinema Paradiso”, de São Manuel que começamos a aprender a falar sem aspas, amar sem interrogação, sonhar com reticências e viver sem um ponto final!

CAPÍTULO XV – NOSSO CINEMA PARADISO

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Saindo de Aparecidinha, enquanto via pela janela o carro dar uma volta no entorno da torre da Igreja, para seguir rumo a mais uma viagem, eu percebi o quanto eu estava realmente cansado.

O meu corpo estava sentindo aquelas viagens. Além disso aquelas inúmeras rateadas do velho Ford e o nível de combustível continuava me preocupando… Então me deitei sobre o banco traseiro e cochilei, talvez por uns dez ou quinze minutos.

image-13 CAPÍTULO XV – NOSSO CINEMA PARADISO

Assim que acordei do cochilo, percebi que tinha sonhado com algumas cenas de um filme, que eu tinha assistido na semana anterior, bem antes de começar essa louca viagem no tempo.

O filme era o fantástico “Cinema Paradiso”, obra prima do famoso cineasta italiano, Giuseppe Tornatore. No filme o personagem principal, Salvatore (Totó) é um cineasta bem-sucedido que vive em Roma e que um determinado dia recebe um telefonema de sua mãe avisando que Alfredo o seu grande amigo, e quase um pai para ele, havia morrido.

Alfredo trabalhava como projecionista dos filmes do cinema da sua cidade natal, chamado “Cinema Paradiso”. Aquela notícia traz o Totó de volta as maravilhosas lembranças da sua infância e, principalmente daquele cinema, para onde, ele, quando pequeno, fugia sempre que podia, para assistir seus filmes. O Totó costumava ficar escondido, vendo os filmes proibidos, atrás das cortinas do cinema, onde o vigário da cidade, censurava as imagens, que tivesse alguma cena mais picante ou até mesmo um simples beijo….

Enquanto me lembrava do meu sonho e das cenas principais do filme, me lembrei que também já tinha tido o meu “Cinema Paradiso”. Foi durante a minha infância, exatamente lá, na minha pequena cidade natal, São Manuel.

Ele se chamava “Salão Paroquial” ou “Cinema dos Padres” e tinha o seu censor, o irrequieto e vigário italiano, o Padre Radici. A projeção dos filmes ficava a cargo de um leigo católico, o diácono da igreja, o Irmão Aldo.

O prédio ficava ali na região central da cidade, bem na Av. Irmãs Cintra, ao lado da Casa Paroquial, e atrás da Igreja Matriz. Ali também moravam os padres da “Consolata”, Congregação Missionária da Igreja Católica, à qual todos eles eram filiados.

A construção do prédio era bem antiga, tendo um largo e comprido corredor lateral, como se fosse uma grande entrada de garagem. Era ali naquela entrada, que nós crianças, logo depois do catecismo, ficávamos perfilados, formando uma grande fila, bem em frente aquelas portas de cor bege, construídas de várias folhas, emendadas por dobradiças e que davam acesso ao salão de projeção, a plateia como se dizia.

O salão não era tão grande, era simples, eu diria até espartano, com cadeiras de madeira, daquele tipo auditório, que levantam e abaixam o assento, e me lembro bem, que na sua parte de trás tinha um decalque, de fundo verde e letras amarelas, com a marca: “Móveis Cimo”.

Com todas essas pequenas lembranças e detalhes, fica impossível esquecer as inúmeras vezes em que, durante as cenas dos filmes, aquelas mais picantes ou com cenas de beijo, se podia ouvir o berro do atento vigário, ao seu dedicado assistente:

“Cortaaaaaa Aldo !!!!”

Ahh… Meu “Cinema Paradiso”, o velho salão paroquial onde o vigário Padre Radici encarnava o Padre Adelfio, o irmão Aldo vivia o Alfredo, aquele quase pai do Totó, o garoto que via todos os filmes, escondido, por detrás das cortinas.

E quem éramos todos nós, as crianças?

Ahh… Claro que éramos os verdadeiros “Totós”!

Éramos os Totós carregados da mesma curiosidade, da mesma emoção lúdica, da mesma esperteza, de garoto do interior, todos prontos, ali naquele cinema, para assistirmos os maravilhosos filmes, da nossa rica infância e se fosse possível ver escondido atrás da cortina todas as cenas proibidas e cortadas.

Quem de nós, por acaso não se lembra de torcer, batendo com os pés no chão, quando aparecia na tela uma daquelas perseguições, do mocinho, montado em seu cavalo, galopando, atrás do bandido?

Como nos esquecermos dos primeiros filmes de cowboy de Roy Rogers montando o lindo cavalo “Trigger” com seu cachorro “Bullet” e o inseparável amigo no Jeep de nome “Nellybelle”?

E da série “O Paladino do Oeste”, onde o personagem, todo de preto, se apresentava com um cartão de visita, com uma figura de um cavalo de jogo de xadrez e a inscrição bem abaixo: “Have Gun-Will Travel”?

E do fantástico “Zorro” e o seu traje também preto, usando capa, máscara e chapéu, montando o cavalo “Tornado”, imprimindo a marca “Z” com a espada, nos inimigos e sendo perseguido pelo engraçado Sargento Garcia?

E da outra série “Bat Masterson”, onde havia aquele senhor elegante que resolvia crimes e prendia bandidos e que só se apresentava de chapéu-coco, acompanhado de uma inseparável bengala?

E dos filmes de Tarzan, então, com sua macaca Chita? Ele sempre nadando perto de ferozes crocodilos e subindo em árvores para dar aquele grito ecoando na floresta, na voz do ator “Johnny Weissmuller”: – Aôôôôôô….Aôôôôôô…Aôôôôôô!!!!

Gritos que eu sempre gostava de imitar, quando brincava com os amigos, do alto da mangueira, no fundo do quintal de casa.

Sem falar então, de todos aqueles filmes épicos, que eram repetidos à exaustão, quase que todo mês, como se já estivessem ali no projetor do cinema, todos os dias, prontos para serem novamente exibidos, na última sessão do domingo de noite, tais como “Ben-Hur”, “Hércules” e “Os 10 mandamentos”.

Como, também não se lembrar daquele filme mais triste, aquele que fazia muita gente chorar, “Marcelino, Pão e Vinho” o menino inventor de histórias e o amigo imaginário, os milagres e as inúmeras conversas com Jesus, ao pé da cruz, no convento de frades.

E as engraçadas comédias do caipira Mazzaropi, como: “O Corintiano”, “A tristeza do Jeca”, “Jeca tatu”, “O vendedor de Linguiça”, “O Chofer de Praça”, “Jeca e a Égua milagrosa” e do trapalhão mexicano Cantinflas, com suas calças caídas…

Enquanto divago nos filmes e séries pelos meus pensamentos, o nosso Ford mais uma vez me surpreende, desce rapidamente das nuvens e aterrissa bem em frente ao salão paroquial!

O relógio aponta para 1962.

A emoção toma conta, pois assim que saio do carro, vejo o padre Radici organizando, junto com o irmão Aldo a fila de entrada do Cinema do Salão Paroquial, o nosso Cinema Paradizo!

Puxa! Até aquele momento eu ainda não tinha me dado conta de que foi ali, naquela nossa pequena cidade do interior, no simples salão paroquial, que tinha vivido tudo isso, todos esses sonhos quase impossíveis, todos esses prazeres proibidos, todos esses amores infinitos.

Foi ali, com certeza, que todos nós aprendemos a romper as barreiras da mente e nos entregarmos às fronteiras do acaso, para começar a sonhar. Éramos todos absurdamente felizes e não sabíamos!

Saio do carro e entro logo por aquelas velhas portas de várias folhas e me sento numa daquelas últimas cadeiras de madeira, do fundo do cinema, e irrequieto começo a assistir um filme, que nem sei qual é…

Logo noto que ao meu lado está exatamente o Padre Radici, em carne e osso, olhando algumas notas numa pequena caderneta. Logo imagino que devem ser as benditas anotações das partes do filme onde tem alguma cena “picante” ou algum beijo…

De repente ouço aquele seu grito característico: – Corta Aldoooooo !!!

Começo a rir sem conseguir me controlar e ninguém, ali ao meu lado, entende o porquê, já que o filme não parecia ser nenhuma comédia.

Saio do cinema, ainda rindo, o Ford, estacionado agora, do outro lado da rua, pisca as luzes, a buzina toca, corro e a tempo de ver suas luzes do painel piscando, indicando que era hora de partir.

Entro rapidamente no carro, ele ronca, rateia mais algumas vezes de modo estranho, mas consegue sair do lugar, ganhando, aos poucos, velocidade necessária na Av. Irmãs Cintra, até alçar voo bem na altura do Santuário, fazendo apenas uma pequena curva em volta da sua torre e desaparecendo nos céus da cidade.

Olho pela janela, vejo a minha cidade ficando pequena, enquanto o carro rateia mais uma vez, mas segue acelerando até atingir a velocidade de cruzeiro.

Mais uma vez me lembro de tudo aquilo, do cinema dos padres, dos filmes, dos cortes dos gritos de “cortaaaaa” do padre Radici, e do sisudo irmão Aldo e caio na risada novamente….

Todas aquelas passagens e acontecimentos ali no velho cinema me fazem lembrar de certa frase de Charles Chaplin, um dos grandes mitos do cinema, que misturadas a todos esses meus sentimentos e acontecimentos do Cinema Paradizo tupiniquim, me fazem reescrevê-la assim:

– Foi ali, no nosso modesto “Cinema Paradiso”, de São Manuel que começamos a aprender a falar sem aspas, amar sem interrogação, sonhar com reticências e viver sem um ponto final!

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