BEATLES – O QUARTETO QUE MUDOU O MUNDO (E NÓS TAMBÉM)

Compartilhe este conteúdo:

cabeca-ricchetti BEATLES – O QUARTETO QUE MUDOU O MUNDO (E NÓS TAMBÉM)

Todos nós que vivemos a década de 60, como adolescentes, tivemos o privilégio de assistir o surgimento da maior banda de rock de todos os tempos. Os quatro jovens que revolucionaram não só a música, mas também os trajes e costumes e até a economia, de toda uma época.

Essa influência foi tão grande a ponto de atingir toda uma geração, independentemente do local onde morasse, como Nova Iorque, Londres ou mesmo numa pequena cidade do interior paulista, São Manuel, a cidade onde nasci.

WhatsApp-Image-2023-11-25-at-15.28.03 BEATLES – O QUARTETO QUE MUDOU O MUNDO (E NÓS TAMBÉM)

A beatlemania não foi só um choque musical e cultural, mas também econômico que atingiu a todos os jovens de uma época, em praticamente todos os rincões do mundo. Um fato curioso, por exemplo ocorreu em Pratânea, um pequeno distrito da minha cidade natal.

Nesse pequeno vilarejo havia uma modesta selaria que fabricava arreios de cavalo e algumas botinas rústicas feitas a mão. O sucesso dos Beatles incentivou o dono da selaria a fabricar as famosas botinhas de salto que os Beatles usavam. Essas botinhas acabaram virando tamanho sucesso de vendas, que a pequena selaria se transformou em pouco tempo numa fábrica de selas, botas e sapatos.

Mas voltando a história da banda, foi em julho de 1957 que John Lennon volta para casa pensativo. Ele havia conhecido Paul McCartney, um jovem como ele que havia lhe impressionado, pois ele tocava muito bem a guitarra, tinha uma voz afinada e sabia a maioria das letras de músicas do rock n’roll.

Dias depois, quando Paul revelou a Lennon que sabia compor músicas, este para não ficar para traz afirmou que também sabia compor e apressou-se em mostrar para o novo amigo uma música que tinha feito. Paul logo sugeriu alterações nos acordes e na própria letra da música e Lennon percebeu que as alterações sugeridas tornavam a sua música muito melhor.

Foi nesse momento mágico e misterioso que nasceu a parceria ‘Lennon e McCartney’ que iria revolucionar o cenário musical do mundo inteiro.

O interessante é que os dois eram muito diferentes e acredito que em circunstâncias normais, jamais seriam amigos. O fato é que, por esses enigmas da vida, algo aconteceu e eles passaram a ter uma grande amizade, talvez porque viam as coisas com o mesmo sentimento.

A partir desse momento, Paul e John acabaram criando um mundo somente deles onde ninguém – nem mesmo George, Ringo, Brian Epstein ou George Martin, respectivamente empresário e produtor musical, conseguiram penetrar.

O nome inicial da banda era ‘Silver Beetles’, fazendo uma referência a besouros. Porém, por sugestão de Lennon, a banda passou a se chamar ‘The Beatles’, pois a palavra inglesa ‘beat’ significa ritmo ou batida.

Como sabemos, os principais sucessos dos “Fab Four” (‘Quatro Fabulosos’, como eram conhecidos na Grã-Bretanha) foram: Love me do, She loves you, I want to hold your hand, Can’t buy me love, A hard day’s night, Help, Yesterday, In my life, I’m Looking Through You, Yellow Submarine, Hey Jude e Let it be.

Em abril de 1964, os Beatles conseguiram o fantástico feito de ocupar, ao mesmo tempo, as cinco primeiras posições da lista da Billboard, recorde que jamais foi igualado por ninguém até hoje.

Existem ainda outras curiosidades sobre as histórias de como nasceram algumas das suas músicas:

Eleanor Rigby, por exemplo foi escrita por Lennon e é uma canção enigmática sobre uma mulher solitária, que sempre recolhia o arroz da igreja após a celebração de um casamento. O padre dessa Igreja se chamava McKenzie.

Blackbird: foi escrita por McCartney e trata da luta pelos direitos da comunidade negra nos USA e aborda um caso acontecido em Little Rock nos anos 50, onde alunos negros foram hostilizados após autorização da justiça para frequentarem a mesma escola dos brancos.

Yellow Submarine: foi composta por Paul McCartney, mas era apenas uma cantiga infantil, embora tenha havido inúmeras especulações sobre ter sido composta durante uma ‘viagem’ do grupo após usarem LSD.

Ticket to Ride: traduzido como ‘licença para dirigir’, o termo tem duplo sentido, porque, nos anos 60, a expressão era utilizada pelos jovens como uma gíria ‘licença para fazer sexo’. A inspiração da música surgiu quando, durante as apresentações em Hamburgo, na Alemanha, eles teriam notado que as prostitutas entregavam cartões para os clientes, para provar que não tinham nenhuma doença sexualmente transmissível. Daí ‘Licença para fazer sexo’…

Hey Jude: Paul McCartney compôs esta canção motivadora para consolar o Julian Lennon, filho de John Lennon que sofria pelo abandono do pai, quando deixou a sua mãe para viver com Yoko Ono.

Strawberry Fields Forever: a maioria acha que a música fala sobre campos de morango, mas, na verdade, ela se refere ao orfanato do Exército da Salvação, onde John Lennon costumava pular o muro do orfanato para brincar e assistir as festas, e assim esquecer os seus problemas existenciais.

Helter Skelter: Considerada uma das músicas mais icônicas dos Beatles, devido à sonoridade, foi, segundo Paul, inspirada em um brinquedo de parque de diversões, numa simbologia para falar da ascensão e queda de impérios, como o Império Romano. Infelizmente essa música acabou sendo associada à seita assassina de Charles Manson, quando o título da canção apareceu na cena do crime onde os integrantes da ceita assassinaram Sharon Tate.

Os Beatles fizeram também alguns filmes, sendo que os dois principais foram ‘Help’ e ‘A Hard Day’s Night’. Me lembro, como se fosse hoje, que eu e vários amigos infernizávamos nossos pais para que nos autorizassem a ir com uma Kombi alugada, até a cidade vizinha, Botucatu, para assisti-los no cinema local, visto que não tínhamos certeza se iriam ser exibidos na nossa cidade.

Outro fato muito curioso sobre os Beatles foi a famosa capa do álbum Abbey Road. A inspiração para a foto veio de McCartney, que decidiu brincar com o boato de que ele havia morrido em um acidente de carro anos antes. Na capa, é possível ver várias referências a essa teoria:

Paul é o único que está descalço, representando um rito funerário, ele segura o cigarro na mão direita, sendo que ele é canhoto. As vestimentas também dizem muito: Paul, de terno, está morto, John de branco, representa uma divindade, Ringo de preto é o padre, e George, de jeans, é o coveiro.

A placa do fusca também tem sua mensagem: as letras LMW é uma abreviação de Linda McCartney Widow (viúva)…

O sucesso dos Beatles, acredito, ocorreu devido ao estilo revolucionário que implantaram no cenário musical, pois eram canções com letras marcantes e grandes efeitos de guitarra. As letras eram contestadoras e revolucionárias para a nossa época.

Os quatro jovens de Liverpool, que começaram a tocar no The Cavern Club, mudaram o comportamento das bandas, dentro e fora do palco. Eles revolucionaram todos os conceitos dos discos, das apresentações, da moda e das composições e seus nomes se imortalizaram: John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr. Em 1965 eles foram recebidos pela rainha Elizabeth II, da Inglaterra, e receberam as medalhas da Ordem do Império Britânico.

Em relação a moda, os jovens de Liverpool usavam inicialmente cabelos à la James Dean e figurinos todos de couro, algo um tanto bizarro. Foram Brian Epstein, o empresário e a fotógrafa Astrid Kirchherr, namorada de Stuart Stucliffe, um membro inicial da banda, os responsáveis por trazer uma nova perspectiva de estilo que também revolucionou o cenário musical. Brian Epstein, também foi importante para mudar o comportamento deles todos, dando uma aparência mais séria e profissional a banda.

Os penteados mudaram para ter uma franja para a frente e esse novo corte de cabelo, junto com os ternos bem cortados e botinhas de salto, viraram sinônimo de moda e referência copiada por jovens do mundo todo.

Posteriormente, já famosos, os Beatles passaram a usar cabelos, barbas, bigodes e costeletas, mais despojados e irreverentes com roupas de cores fortes, anéis e outros adereços.

Os materiais de divulgação seguiram o mesmo estilo: os Beatles ousaram nas capas dos álbuns e mudaram as tendências a cada nova aparição na mídia. Os posicionamentos políticos foram abordados mais abertamente e as críticas sociais ganharam espaços nas canções.

Foi no final dos anos 60 que a banda começou a entrar em crise, em função de divergências empresariais e do ego exacerbado dos seus componentes. Acabou terminando em abril de 1970, embora oficialmente nunca tenha havido a separação já que jamais houve um comunicado oficial.

Entre os vários motivos do término da banda, a morte do empresário Brian Epstein, por uma overdose, abalou os ânimos do grupo. Paul assumiu o papel de líder e tentou manter os Beatles unidos, mas o excesso de egos, conflitos, e mais a presença de Yoko Ono colocou mais pimenta nesse angu e aos poucos eles foram todos perdendo a vontade de continuarem juntos.

A gota d’água para o término definitivo da banda se deu quando Paul se preparava para lançar o seu primeiro disco solo em abril de 1970, incluindo a música Let It Be. O entrave era que o álbum dos Beatles ‘Let It Be’ (que seria o último) também chegaria às lojas em maio, trazendo a mesma música.

O curioso é que a própria música Let It Be parece nos dar o recado final, do grupo, quando diz:

‘When I find myself in times of trouble, Mother Mary comes to me speaking words of wisdom. Let it be’

‘Quando me encontro em momentos difíceis, Mãe Maria vem até mim dizendo palavras de sabedoria. Deixe estar…’

José Luiz Ricchetti – 13/07/2022

BEATLES – O QUARTETO QUE MUDOU O MUNDO (E NÓS TAMBÉM)

Compartilhe este conteúdo:

cabeca-ricchetti BEATLES – O QUARTETO QUE MUDOU O MUNDO (E NÓS TAMBÉM)

Todos nós que vivemos a década de 60, como adolescentes, tivemos o privilégio de assistir o surgimento da maior banda de rock de todos os tempos. Os quatro jovens que revolucionaram não só a música, mas também os trajes e costumes e até a economia, de toda uma época.

Essa influência foi tão grande a ponto de atingir toda uma geração, independentemente do local onde morasse, como Nova Iorque, Londres ou mesmo numa pequena cidade do interior paulista, São Manuel, a cidade onde nasci.

WhatsApp-Image-2023-11-25-at-15.28.03 BEATLES – O QUARTETO QUE MUDOU O MUNDO (E NÓS TAMBÉM)

A beatlemania não foi só um choque musical e cultural, mas também econômico que atingiu a todos os jovens de uma época, em praticamente todos os rincões do mundo. Um fato curioso, por exemplo ocorreu em Pratânea, um pequeno distrito da minha cidade natal.

Nesse pequeno vilarejo havia uma modesta selaria que fabricava arreios de cavalo e algumas botinas rústicas feitas a mão. O sucesso dos Beatles incentivou o dono da selaria a fabricar as famosas botinhas de salto que os Beatles usavam. Essas botinhas acabaram virando tamanho sucesso de vendas, que a pequena selaria se transformou em pouco tempo numa fábrica de selas, botas e sapatos.

Mas voltando a história da banda, foi em julho de 1957 que John Lennon volta para casa pensativo. Ele havia conhecido Paul McCartney, um jovem como ele que havia lhe impressionado, pois ele tocava muito bem a guitarra, tinha uma voz afinada e sabia a maioria das letras de músicas do rock n’roll.

Dias depois, quando Paul revelou a Lennon que sabia compor músicas, este para não ficar para traz afirmou que também sabia compor e apressou-se em mostrar para o novo amigo uma música que tinha feito. Paul logo sugeriu alterações nos acordes e na própria letra da música e Lennon percebeu que as alterações sugeridas tornavam a sua música muito melhor.

Foi nesse momento mágico e misterioso que nasceu a parceria ‘Lennon e McCartney’ que iria revolucionar o cenário musical do mundo inteiro.

O interessante é que os dois eram muito diferentes e acredito que em circunstâncias normais, jamais seriam amigos. O fato é que, por esses enigmas da vida, algo aconteceu e eles passaram a ter uma grande amizade, talvez porque viam as coisas com o mesmo sentimento.

A partir desse momento, Paul e John acabaram criando um mundo somente deles onde ninguém – nem mesmo George, Ringo, Brian Epstein ou George Martin, respectivamente empresário e produtor musical, conseguiram penetrar.

O nome inicial da banda era ‘Silver Beetles’, fazendo uma referência a besouros. Porém, por sugestão de Lennon, a banda passou a se chamar ‘The Beatles’, pois a palavra inglesa ‘beat’ significa ritmo ou batida.

Como sabemos, os principais sucessos dos “Fab Four” (‘Quatro Fabulosos’, como eram conhecidos na Grã-Bretanha) foram: Love me do, She loves you, I want to hold your hand, Can’t buy me love, A hard day’s night, Help, Yesterday, In my life, I’m Looking Through You, Yellow Submarine, Hey Jude e Let it be.

Em abril de 1964, os Beatles conseguiram o fantástico feito de ocupar, ao mesmo tempo, as cinco primeiras posições da lista da Billboard, recorde que jamais foi igualado por ninguém até hoje.

Existem ainda outras curiosidades sobre as histórias de como nasceram algumas das suas músicas:

Eleanor Rigby, por exemplo foi escrita por Lennon e é uma canção enigmática sobre uma mulher solitária, que sempre recolhia o arroz da igreja após a celebração de um casamento. O padre dessa Igreja se chamava McKenzie.

Blackbird: foi escrita por McCartney e trata da luta pelos direitos da comunidade negra nos USA e aborda um caso acontecido em Little Rock nos anos 50, onde alunos negros foram hostilizados após autorização da justiça para frequentarem a mesma escola dos brancos.

Yellow Submarine: foi composta por Paul McCartney, mas era apenas uma cantiga infantil, embora tenha havido inúmeras especulações sobre ter sido composta durante uma ‘viagem’ do grupo após usarem LSD.

Ticket to Ride: traduzido como ‘licença para dirigir’, o termo tem duplo sentido, porque, nos anos 60, a expressão era utilizada pelos jovens como uma gíria ‘licença para fazer sexo’. A inspiração da música surgiu quando, durante as apresentações em Hamburgo, na Alemanha, eles teriam notado que as prostitutas entregavam cartões para os clientes, para provar que não tinham nenhuma doença sexualmente transmissível. Daí ‘Licença para fazer sexo’…

Hey Jude: Paul McCartney compôs esta canção motivadora para consolar o Julian Lennon, filho de John Lennon que sofria pelo abandono do pai, quando deixou a sua mãe para viver com Yoko Ono.

Strawberry Fields Forever: a maioria acha que a música fala sobre campos de morango, mas, na verdade, ela se refere ao orfanato do Exército da Salvação, onde John Lennon costumava pular o muro do orfanato para brincar e assistir as festas, e assim esquecer os seus problemas existenciais.

Helter Skelter: Considerada uma das músicas mais icônicas dos Beatles, devido à sonoridade, foi, segundo Paul, inspirada em um brinquedo de parque de diversões, numa simbologia para falar da ascensão e queda de impérios, como o Império Romano. Infelizmente essa música acabou sendo associada à seita assassina de Charles Manson, quando o título da canção apareceu na cena do crime onde os integrantes da ceita assassinaram Sharon Tate.

Os Beatles fizeram também alguns filmes, sendo que os dois principais foram ‘Help’ e ‘A Hard Day’s Night’. Me lembro, como se fosse hoje, que eu e vários amigos infernizávamos nossos pais para que nos autorizassem a ir com uma Kombi alugada, até a cidade vizinha, Botucatu, para assisti-los no cinema local, visto que não tínhamos certeza se iriam ser exibidos na nossa cidade.

Outro fato muito curioso sobre os Beatles foi a famosa capa do álbum Abbey Road. A inspiração para a foto veio de McCartney, que decidiu brincar com o boato de que ele havia morrido em um acidente de carro anos antes. Na capa, é possível ver várias referências a essa teoria:

Paul é o único que está descalço, representando um rito funerário, ele segura o cigarro na mão direita, sendo que ele é canhoto. As vestimentas também dizem muito: Paul, de terno, está morto, John de branco, representa uma divindade, Ringo de preto é o padre, e George, de jeans, é o coveiro.

A placa do fusca também tem sua mensagem: as letras LMW é uma abreviação de Linda McCartney Widow (viúva)…

O sucesso dos Beatles, acredito, ocorreu devido ao estilo revolucionário que implantaram no cenário musical, pois eram canções com letras marcantes e grandes efeitos de guitarra. As letras eram contestadoras e revolucionárias para a nossa época.

Os quatro jovens de Liverpool, que começaram a tocar no The Cavern Club, mudaram o comportamento das bandas, dentro e fora do palco. Eles revolucionaram todos os conceitos dos discos, das apresentações, da moda e das composições e seus nomes se imortalizaram: John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr. Em 1965 eles foram recebidos pela rainha Elizabeth II, da Inglaterra, e receberam as medalhas da Ordem do Império Britânico.

Em relação a moda, os jovens de Liverpool usavam inicialmente cabelos à la James Dean e figurinos todos de couro, algo um tanto bizarro. Foram Brian Epstein, o empresário e a fotógrafa Astrid Kirchherr, namorada de Stuart Stucliffe, um membro inicial da banda, os responsáveis por trazer uma nova perspectiva de estilo que também revolucionou o cenário musical. Brian Epstein, também foi importante para mudar o comportamento deles todos, dando uma aparência mais séria e profissional a banda.

Os penteados mudaram para ter uma franja para a frente e esse novo corte de cabelo, junto com os ternos bem cortados e botinhas de salto, viraram sinônimo de moda e referência copiada por jovens do mundo todo.

Posteriormente, já famosos, os Beatles passaram a usar cabelos, barbas, bigodes e costeletas, mais despojados e irreverentes com roupas de cores fortes, anéis e outros adereços.

Os materiais de divulgação seguiram o mesmo estilo: os Beatles ousaram nas capas dos álbuns e mudaram as tendências a cada nova aparição na mídia. Os posicionamentos políticos foram abordados mais abertamente e as críticas sociais ganharam espaços nas canções.

Foi no final dos anos 60 que a banda começou a entrar em crise, em função de divergências empresariais e do ego exacerbado dos seus componentes. Acabou terminando em abril de 1970, embora oficialmente nunca tenha havido a separação já que jamais houve um comunicado oficial.

Entre os vários motivos do término da banda, a morte do empresário Brian Epstein, por uma overdose, abalou os ânimos do grupo. Paul assumiu o papel de líder e tentou manter os Beatles unidos, mas o excesso de egos, conflitos, e mais a presença de Yoko Ono colocou mais pimenta nesse angu e aos poucos eles foram todos perdendo a vontade de continuarem juntos.

A gota d’água para o término definitivo da banda se deu quando Paul se preparava para lançar o seu primeiro disco solo em abril de 1970, incluindo a música Let It Be. O entrave era que o álbum dos Beatles ‘Let It Be’ (que seria o último) também chegaria às lojas em maio, trazendo a mesma música.

O curioso é que a própria música Let It Be parece nos dar o recado final, do grupo, quando diz:

‘When I find myself in times of trouble, Mother Mary comes to me speaking words of wisdom. Let it be’

‘Quando me encontro em momentos difíceis, Mãe Maria vem até mim dizendo palavras de sabedoria. Deixe estar…’

José Luiz Ricchetti – 13/07/2022

error: Reprodução parcial ou completa proibida. Auxilie o jornalismo PROFISSIONAL, compartilhe nosso link através dos botões no final da matéria!

Notícias da nossa Região