Crônica: Nosso Institudo de Educação – 77 anos

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cabeca-ricchetti Crônica: Nosso Institudo de Educação - 77 anos

Hoje vi a publicação sobre o aniversário do Instituto que fez 77 anos, no dia 6 de junho passado.

image-7 Crônica: Nosso Institudo de Educação - 77 anos

Assim que li a notícia, minha memória começou a me instigar sobre inúmeros fatos e lembranças:

A primeira delas era que eu deveria conhecer os vários sãomanuelenses que lutaram pela educação em São Manuel, quando criaram a “Sociedade Civil Amigos da Escola” e depois a “Escola Normal Livre de São Manuel”, exatamente a que deu origem ao atual “Instituto de Educação Dr. Manuel José Chaves”.

Então me lembrei de buscar informações no livro “Raízes de São Manuel” de Luiz Sicchiera.

Descubro então na página 50 a menção sobre a criação da “Sociedade Civil Amigos da Escola” e a relação dos nomes que constam na ata de fundação dessa sociedade.

Olhando a extensa lista de conterrâneos ilustres vejo, com muito orgulho, que três dos meus tios avôs estão lá, são eles Hermínio Ricchetti, Fausto Ricchetti e Henrique Ricchetti, sendo que este último ainda contribuiu posteriormente, mais ainda com a educação, quando foi Secretário da Educação de São Paulo.

Dos idealizadores e responsáveis pela criação do Instituto, minha memória me traz a lista dos grandes mestres que marcaram minha passagem por lá.

Eram eles o gênio Francisco Rebuá, o rigoroso Toninho Lima, o sagaz João Lima, o didático Geraldo Pascon, o exigente Bodão, a expressiva D. Edméia Rahal, a querida Madame, o tranquilo Hélio Zeminian, a dedicada e criativa Edméia Pegoraro e o grande incentivador dos esportes Newton Frossard.

Nessa turma de mestres não poderia deixar de incluir também os funcionários queridos, como o sério Pedrão e o rígido Lauro Correa, sem os quais a minha passagem por aquelas salas de aula nunca teria sido a mesma.

Depois dos seus fundadores, seus grandes mestres e seus funcionários me veio as saudades dos anos e momentos em que lá passei estudando e fazendo amizades.

Parece que passa um filme na cabeça da gente, como se fosse ontem…

Era mais um dia de aula que terminava e eu estava ali olhando aquela turma de amigos estudantes saindo em grupos, todos nos seus uniformes.

Os meninos de calça comprida e as meninas com saia plissada, ambos na cor azul marinho e complementado pela camisa branca com o emblema na frente do bolso, contendo as letras SM, mais o curso, por exemplo ginásio ou colégio e o número de listras representando o ano em que estávamos, por exemplo quatro listas para a quarta série.

Ao mesmo tempo que revejo na mente esse momento da entrada e saída da turma de alunos me lembro também que ali, além das muitas garotas, das inúmeras paqueras, foram onde surgiram os nossos primeiros namoros…

Ah as entradas de aula, pela manhã na frente do Instituto…

Tempos em que todos nós queríamos encontrar as namoradas, bem ali na frente da escadaria ou da rampa, só para ver, logo pela manhã, os sorrisos, os cabelos e poder ficar juntinhos, fazendo hora, segurando cadernos e livros, esperando a sirene tocar, para então entrarmos todos….

Captar novamente essa imagem no tempo, dentro da mente, vendo ali a saída do Instituto, as garotas, os casais de namorados, só nos faz sorrir envolto na própria emoção. 

Emoção que nos toma de surpresa, e nos faz voltar no tempo para sentir como estão bem guardadas todas essas coisas boas da nossa juventude, coisas lindas de se lembrar, de se viver e de se curtir. Coisas que marcaram para sempre a nossa vida…

É o momento também de recordar dos velhos amigos que estudaram ali conosco e que dividiram emoções, lembranças, fotos, dificuldades, tristezas, choros, boas e más experiências, muitas alegrias, muitos risos, mas também muitas lutas, derrotas e vitórias.

O fato é que não é para qualquer um o privilégio de ter estudado numa escola de ponta e de elite numa época, onde a nota final foi sempre dez, dez para os amigos, dez para o aprendizado, dez para os professores, dez para os funcionários…

O Instituto foi aquele lugar onde nunca se viu alguém mencionar a palavra politicamente incorreta, porque lá sempre existiu o melhor do humanamente correto.

Parafraseando Rubens Alves existem na nossa vida escolas que são do tipo gaiolas e escolas que são do tipo asas.

‘Escolas Gaiolas’ existem para que os pássaros desaprendam a voar, pois pássaros engaiolados deixam de ser pássaros, porque a essência de qualquer pássaro é voar.

‘Escolas Asas’ não gostam de pássaros engaiolados. Elas amam ver seus pássaros voando e existem para dar aos pássaros os instrumentos para voar.

Escolas Asas, como o nosso querido “Instituto de Educação”, sempre encorajam os seus pássaros a ser livres e a alçarem o seu próprio voo!

José Luiz Ricchetti

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Hoje vi a publicação sobre o aniversário do Instituto que fez 77 anos, no dia 6 de junho passado.

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Assim que li a notícia, minha memória começou a me instigar sobre inúmeros fatos e lembranças:

A primeira delas era que eu deveria conhecer os vários sãomanuelenses que lutaram pela educação em São Manuel, quando criaram a “Sociedade Civil Amigos da Escola” e depois a “Escola Normal Livre de São Manuel”, exatamente a que deu origem ao atual “Instituto de Educação Dr. Manuel José Chaves”.

Então me lembrei de buscar informações no livro “Raízes de São Manuel” de Luiz Sicchiera.

Descubro então na página 50 a menção sobre a criação da “Sociedade Civil Amigos da Escola” e a relação dos nomes que constam na ata de fundação dessa sociedade.

Olhando a extensa lista de conterrâneos ilustres vejo, com muito orgulho, que três dos meus tios avôs estão lá, são eles Hermínio Ricchetti, Fausto Ricchetti e Henrique Ricchetti, sendo que este último ainda contribuiu posteriormente, mais ainda com a educação, quando foi Secretário da Educação de São Paulo.

Dos idealizadores e responsáveis pela criação do Instituto, minha memória me traz a lista dos grandes mestres que marcaram minha passagem por lá.

Eram eles o gênio Francisco Rebuá, o rigoroso Toninho Lima, o sagaz João Lima, o didático Geraldo Pascon, o exigente Bodão, a expressiva D. Edméia Rahal, a querida Madame, o tranquilo Hélio Zeminian, a dedicada e criativa Edméia Pegoraro e o grande incentivador dos esportes Newton Frossard.

Nessa turma de mestres não poderia deixar de incluir também os funcionários queridos, como o sério Pedrão e o rígido Lauro Correa, sem os quais a minha passagem por aquelas salas de aula nunca teria sido a mesma.

Depois dos seus fundadores, seus grandes mestres e seus funcionários me veio as saudades dos anos e momentos em que lá passei estudando e fazendo amizades.

Parece que passa um filme na cabeça da gente, como se fosse ontem…

Era mais um dia de aula que terminava e eu estava ali olhando aquela turma de amigos estudantes saindo em grupos, todos nos seus uniformes.

Os meninos de calça comprida e as meninas com saia plissada, ambos na cor azul marinho e complementado pela camisa branca com o emblema na frente do bolso, contendo as letras SM, mais o curso, por exemplo ginásio ou colégio e o número de listras representando o ano em que estávamos, por exemplo quatro listas para a quarta série.

Ao mesmo tempo que revejo na mente esse momento da entrada e saída da turma de alunos me lembro também que ali, além das muitas garotas, das inúmeras paqueras, foram onde surgiram os nossos primeiros namoros…

Ah as entradas de aula, pela manhã na frente do Instituto…

Tempos em que todos nós queríamos encontrar as namoradas, bem ali na frente da escadaria ou da rampa, só para ver, logo pela manhã, os sorrisos, os cabelos e poder ficar juntinhos, fazendo hora, segurando cadernos e livros, esperando a sirene tocar, para então entrarmos todos….

Captar novamente essa imagem no tempo, dentro da mente, vendo ali a saída do Instituto, as garotas, os casais de namorados, só nos faz sorrir envolto na própria emoção. 

Emoção que nos toma de surpresa, e nos faz voltar no tempo para sentir como estão bem guardadas todas essas coisas boas da nossa juventude, coisas lindas de se lembrar, de se viver e de se curtir. Coisas que marcaram para sempre a nossa vida…

É o momento também de recordar dos velhos amigos que estudaram ali conosco e que dividiram emoções, lembranças, fotos, dificuldades, tristezas, choros, boas e más experiências, muitas alegrias, muitos risos, mas também muitas lutas, derrotas e vitórias.

O fato é que não é para qualquer um o privilégio de ter estudado numa escola de ponta e de elite numa época, onde a nota final foi sempre dez, dez para os amigos, dez para o aprendizado, dez para os professores, dez para os funcionários…

O Instituto foi aquele lugar onde nunca se viu alguém mencionar a palavra politicamente incorreta, porque lá sempre existiu o melhor do humanamente correto.

Parafraseando Rubens Alves existem na nossa vida escolas que são do tipo gaiolas e escolas que são do tipo asas.

‘Escolas Gaiolas’ existem para que os pássaros desaprendam a voar, pois pássaros engaiolados deixam de ser pássaros, porque a essência de qualquer pássaro é voar.

‘Escolas Asas’ não gostam de pássaros engaiolados. Elas amam ver seus pássaros voando e existem para dar aos pássaros os instrumentos para voar.

Escolas Asas, como o nosso querido “Instituto de Educação”, sempre encorajam os seus pássaros a ser livres e a alçarem o seu próprio voo!

José Luiz Ricchetti

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