O cientista são-manuelense Ricardo Serafim, de 35 anos, faz parte de um grupo de brasileiros que desenvolveu uma molécula que pode ser um novo tratamento para o câncer.
Formado pela Universidade Católica de Santos, no litoral de São Paulo, Serafim teve sua pesquisa publicada no periódico “Journal of Medicinal Chemistry”.
O trabalho dos pesquisadores brasileiros envolve uma molécula que pode ajudar a inibir a ação da proteína MPS1, que, segundo a literatura científica, quando tem alta atividade nas células, pode aumentar o risco de desenvolvimento de tumores, ao realizar grandes divisões celulares.
O trabalho dos pesquisadores brasileiros envolve uma molécula que pode ajudar a inibir a ação da proteína MPS1, que, segundo a literatura científica, quando tem alta atividade nas células, pode aumentar o risco de desenvolvimento de tumores, ao realizar grandes divisões celulares.
Serafim cursou seu mestrado e doutorado em Ciências – Química Medicinal na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Em 2019, durante seus estudos na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e sua participação no Centro de Química Medicinal (CQMED), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), ele ganhou uma bolsa para ser pesquisador na Universidade de Tübingen, na Alemanha.
Serafim afirma que o processo de descobrimento e testes da molécula foi extenso. “Tivemos a substância protética, e fizemos estudos para que ela tivesse uma ligação estável, para diminuir a ação da proteína. Sintetizei compostos derivados para saber com quais deles conseguiríamos diminuir a ação dessa molécula”, explica.
Serafim afirma que o processo de descobrimento e testes da molécula foi extenso. “Tivemos a substância protética, e fizemos estudos para que ela tivesse uma ligação estável, para diminuir a ação da proteína. Sintetizei compostos derivados para saber com quais deles conseguiríamos diminuir a ação dessa molécula”, explica.
Serafim afirma que sua história com a ciência começou na Universidade Católica de Santos. “Em 2005, eu prestei vestibular na universidade para o curso de Farmácia. Me mudei para Santos e comecei a fazer a iniciação científica logo no segundo ano. Entrei em contato com um dos professores responsáveis, e começamos um projeto”, relata. Ele afirma que sua primeira pesquisa na iniciação científica estava em um ramo completamente diferente, a química ambiental.
Sua família, atualmente, reside em Santos, e ele diz que uma das coisas que mais o afeta é a saudade. “Agora, temos celular, podemos fazer ligações de vídeo, mas, mesmo assim, a saudade fica. Principalmente agora, que tenho um sobrinho”, afirma.
Satisfação
O coordenador afirma que é prazeroso ver pesquisadores de qualidade sendo formados em universidades brasileiras. “É sempre uma satisfação muito grande ver o trabalho de um pesquisador do seu grupo melhorar a vida do seu paciente, é um sentimento de gratidão pelas agências de fomento, que sempre nos dão suporte, ver o talento dos nossos pesquisadores”, conclui.
Por Caroline Melo, g1 Santos
Matéria adaptada pelo Área 14