Crônica: Manacá

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Hoje pela manhã, olhando pela janela observei que o lindo manacá da serra, bem em frente a varanda, havia florido, e se destacava no meio do verde da faixa de mata atlântica, com suas lindas e delicadas flores brancas e roxas.

image-1 Crônica: Manacá

Olhando mais detalhadamente este pedaço da mata percebi que havia vários outros manacás floridos aqui e acolá. Nesse momento me dei conta de que nunca havia visto na minha vida uma floresta repleta de manacás. Pensei, eles estão sempre espalhados em meio ao verde, mas nunca formam uma floresta inteira de manacás…

Acho que, do mesmo modo, que no decorrer de nossas vidas, nos deparamos com vários amores, um aqui outro acolá, também não vemos nenhuma floresta de grandes amores. 

Vamos passando por vários deles, até encontrarmos o verdadeiro, aquele que se destaca e nos impressiona mais e com o qual decidimos compartilhar os futuros momentos de uma vida.

Os vários manacás no meio da mata são como aqueles amores, que se destacam em meio ao verde da nossa vida e que muitas vezes se fixam na nossa memória, mas sempre nos preparando, para o encontro do amor definitivo.

Ao olharmos para aquela imensidão da mata verde podemos identificar na paisagem, as lindas flores roxas que surgem dos manacás e ficam retidas na memória da juventude, até identificarmos aquele amor maduro e verdadeiro que nos toca o coração.

Nessa hora o nosso olhar percebe no meio daqueles manacás floridos, no meio da mata, aquela árvore mais bela que nos prende a atenção, de tal modo que aos poucos vamos nos lembrando de cada detalhe seu, de cada beleza sua, de cada nuance de cores e de tudo aquilo que se destaca em meio ao verde, com cores vivas de uma paixão.

O manacá, assim como o amor verdadeiro, nasce espontâneo e não precisa de cuidados especiais, até que surja sua primeira flor em meio a uma nova florada, que impressiona quem a observa com olhos atentos.

O manacá como o amor verdadeiro deve ser admirado pelo que é e não só pelo que nos encanta.

A partir desse momento é hora de cuidar de suas flores, fixar bem suas raízes de modo que mesmo quando o vermos perder suas flores e se confundir novamente com o verde da floresta, ele permaneça firme e enraizado no nosso coração.

E então como se estivesse conversando com aquele lindo manacá, lhe perguntei:

O que se faz para manter florido um grande amor?

Ele, então me respondeu:

Mantenha o firme e em pé

Ilumine o sempre com seus raios de luz

Deixe suas raízes bem profundas

Use só para o bem, a sua sombra

Aguente firme nas tempestades

Regue sempre, para que dê bons frutos

E nunca deixe de elogiar suas flores

José Luiz Ricchetti – 20/02/2022

Crônica: Manacá

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Hoje pela manhã, olhando pela janela observei que o lindo manacá da serra, bem em frente a varanda, havia florido, e se destacava no meio do verde da faixa de mata atlântica, com suas lindas e delicadas flores brancas e roxas.

image-1 Crônica: Manacá

Olhando mais detalhadamente este pedaço da mata percebi que havia vários outros manacás floridos aqui e acolá. Nesse momento me dei conta de que nunca havia visto na minha vida uma floresta repleta de manacás. Pensei, eles estão sempre espalhados em meio ao verde, mas nunca formam uma floresta inteira de manacás…

Acho que, do mesmo modo, que no decorrer de nossas vidas, nos deparamos com vários amores, um aqui outro acolá, também não vemos nenhuma floresta de grandes amores. 

Vamos passando por vários deles, até encontrarmos o verdadeiro, aquele que se destaca e nos impressiona mais e com o qual decidimos compartilhar os futuros momentos de uma vida.

Os vários manacás no meio da mata são como aqueles amores, que se destacam em meio ao verde da nossa vida e que muitas vezes se fixam na nossa memória, mas sempre nos preparando, para o encontro do amor definitivo.

Ao olharmos para aquela imensidão da mata verde podemos identificar na paisagem, as lindas flores roxas que surgem dos manacás e ficam retidas na memória da juventude, até identificarmos aquele amor maduro e verdadeiro que nos toca o coração.

Nessa hora o nosso olhar percebe no meio daqueles manacás floridos, no meio da mata, aquela árvore mais bela que nos prende a atenção, de tal modo que aos poucos vamos nos lembrando de cada detalhe seu, de cada beleza sua, de cada nuance de cores e de tudo aquilo que se destaca em meio ao verde, com cores vivas de uma paixão.

O manacá, assim como o amor verdadeiro, nasce espontâneo e não precisa de cuidados especiais, até que surja sua primeira flor em meio a uma nova florada, que impressiona quem a observa com olhos atentos.

O manacá como o amor verdadeiro deve ser admirado pelo que é e não só pelo que nos encanta.

A partir desse momento é hora de cuidar de suas flores, fixar bem suas raízes de modo que mesmo quando o vermos perder suas flores e se confundir novamente com o verde da floresta, ele permaneça firme e enraizado no nosso coração.

E então como se estivesse conversando com aquele lindo manacá, lhe perguntei:

O que se faz para manter florido um grande amor?

Ele, então me respondeu:

Mantenha o firme e em pé

Ilumine o sempre com seus raios de luz

Deixe suas raízes bem profundas

Use só para o bem, a sua sombra

Aguente firme nas tempestades

Regue sempre, para que dê bons frutos

E nunca deixe de elogiar suas flores

José Luiz Ricchetti – 20/02/2022

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