G1 – O Ministério da Saúde divulgou na noite desta terça-feira (27) que vai vacinar toda a população de Botucatu (SP) contra a Covid-19 para desenvolver uma pesquisa que procura avaliar a eficácia do imunizante Oxford/AstraZeneca, distribuído no Brasil pela Fiocruz, contra novas cepas do coronavírus.
O estudo terá uma duração estimada de oito meses, incluindo a aplicação das duas doses e o acompanhamento da população que recebeu essas vacinas.
De acordo com o Ministério da Saúde, Botucatu foi escolhida porque reúne uma série de condições que fazem da região o local ideal para esse tipo de análise, que combina testagem em massa e sequenciamento genético da Covid-19.
A pesquisa foi aprovada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e, segundo o Ministério da Saúde, estará apta para começar em breve.
O Ministério da Saúde também destacou que Botucatu já vinha adotando algumas medidas que foram cruciais para o desenvolvimento da pesquisa, como a testagem de todos os sintomáticos de síndromes gripais com o exame RT-PCR.
O município tem cerca de 150 mil habitantes, dos quais 106 mil são maiores de 18 anos. Pelo projeto de vacinação em massa, todos esses serão vacinados, e os casos positivos na região sequenciados. Com isso, segundo o Ministério da Saúde, será possível saber a efetividade da vacina produzida pela Fiocruz contra todas as cepas que circulam na cidade.
Além do Ministério da Saúde, a pesquisa conta com uma série de parceiros, como a Universidade de Oxford, o laboratório AstraZeneca, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Fundação Gates, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Prefeitura de Botucatu.
Além da efetividade contra as variantes, o Ministério da Saúde informou que a pesquisa vai servir de subsídio para comparar o quão eficiente foi a vacinação em massa em relação aos outros municípios da região.
As doses da vacina AstraZeneca/Oxford serão doadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) ao estudo.