Imaginem a seguinte situação: você é correntista de uma instituição financeira e ao acessar ser extrato da conta corrente verifica que todo mês é descontado de sua conta uma quantia a título de empréstimo que não foi solicitado por você, ou você é aposentado ou pensionista e todo mês sofre um desconto em folha de pagamento a título de empréstimo consignado e você desconhece a origem deste negócio. Infelizmente isso é mais comum do que você imagina.
As financeiras que pipocam aos montes pelo Brasil são instituições que emprestam dinheiro a juros mais altos que os Bancos para quem já tem restrição de crédito ou cujo limite de renda seja um obstáculo para que os bancos concedam um empréstimo.
A situação atual é altamente lucrativa para essas instituições que concedem empréstimos para aposentados, pensionistas ou funcionários púbicos pois o tem retorno quase garantido descontando a parcela do empréstimo direto da folha de pagamento.
Essa modalidade de empréstimo chamado de consignado deve respeitar determinadas regras para não comprometer a folha de salário, sendo permitido o limite de desconto de até 30% sobre os proventos recebidos.
As financeiras de modo geral tem acesso às informações fornecidas pelo Banco Central da situação econômica das pessoas para quem fornecerão o empréstimo e quando o consumidor dos serviços solicita o empréstimo é feito uma análise prévia da folha de salário para não extrapolar o limite de 30% para o pagamento do consignado.
No entanto, como se trata de uma instituição financeira, muitas dessas instituições cobram metas e mais metas de seus funcionários, ou são parceiras de outras instituições como correspondentes bancários e realizam empréstimos de aposentados e pensionistas sem que eles os solicitem, uma vez que tem acesso de alguma forma à relação de aposentados e pensionistas e simulam empréstimos que beneficiam somente à instituição, por isso alguns enriquecem da noite para o dia.
Ao serem descobertos devolvem o dinheiro para o consumidor muitas vezes sem necessidade de ação, tamanha é a fraude lucrativa. Muitas pessoas só se dão conta que o dinheiro sumiu depois que já pagaram mais da metade de um suposto empréstimo que nunca realizaram.
O recomendado para essas situações é registrar um Boletim de Ocorrência e ingressar com ação contra a instituição financeira que promove os descontos requerendo a declaração de inexistência do contrato de empréstimo e a devolução das quantias descontadas com juros e correção monetária. O consumidor lesado deverá provar através de extratos bancários que o valor do empréstimo não ingressou na conta corrente.
Toda cautela é salutar o ideal é agir com rapidez e firmeza para evitar que os golpes continuem.