Nossos filhos cresceram. – Por José Luiz Richetti

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Grandfather And Father Giving Grandson Ride On Shoulders

Nossos filhos cresceram sem pedir qualquer licença. 

Aos poucos, a gente vê que ficou órfão dos nossos próprios filhos.

De repente, quando a gente percebe, eles entram em casa, nos dizem uma frase madura e pronto, percebemos que perdemos as nossas crianças!

Às vezes, eles se comportam até com uma certa arrogância, é verdade. 

Mas talvez porque se achem ou tenham a certeza de que já sabem tudo, o que é natural em determinada fase da vida, antes de atingir a real maturidade. 

Já não somos, mais para eles, aquele super-herói ou a heroína, de quando eram crianças. 

Viramos dinossauros. Não sabemos mais nada!

Nos tornamos, do dia para a noite, os ‘velhos’ que não entendem como as coisas funcionam. 

É como se tivéssemos nos tornado seres de outro planeta que já não tem a menor noção da vida, como ela é…

Eles se esquecem que temos a vivência de décadas a mais que eles e que a nossa experiência, vem da vida, da luta diária, dos erros, acertos e muitos aprendizados. 

Nada nos foi dado de graça e nem tampouco os ensinamentos da vida, vieram das faculdades, de doutorados ou MBA´s, tão em moda hoje em dia.

É nessa hora que voltamos a nos lembrar das trocas de fraldas; das noites sem dormir; dos primeiros passos; dos castelos de areia; do futebol no clube, das festinhas de aniversário; do primeiro dia no maternal; do levar e buscar na escola; das suas primeiras baladas. 

Quando menos se espera lá se foram as aulas de ballet, inglês, natação, judô. Sumiram os skates, os patinetes, os lanches do Mac Donald Feliz, os sorvetes com açaí, as sessões de cinema no shopping, os amigos adolescentes…

Tudo muda num piscar de olhos. Eles, agora agem e pensam diferente. 

Às vezes essas diferenças se amalgamam e se transformam em algo melhor. Outras vezes geram conflitos. 

É nessas horas que é preciso paciência para ao tentar ajudar, não atrapalhar.

Um dia olhamos no espelho e vemos os nossos primeiros cabelos brancos e no reflexo, estão lá, aqueles nossos bebês que viraram gente.

Por onde será que andaram essas crianças? Como foi que não percebemos e nem vimos eles crescerem?

Só sentimos que alguma coisa mudou. É como um carro que desce a ladeira sem freio. Muito rápido!

De repente, eles entram pela porta de casa com uma namorada a tira colo e logo depois se casam!

Tudo é rápido demais! 

Quando vemos, já estamos no auditório da faculdade para a formatura, na igreja para o casamento, no corredor do hospital para o nascimento do primeiro filho deles. Nosso primeiro neto….

Nossos filhos saíram do banco de trás do carro e passaram a se sentar no lugar do motorista e a guiar suas próprias vidas.

Nessas horas sentimos saudades daqueles bebês, de segurar no colo, da mamadeira antes de dormir, das canções de ninar, dos chorinhos de madrugada, da primeira papinha, do primeiro andar, de dizerem pela primeira vez papai ou mamãe, do rolar no tapete da sala, do primeiro aniversário….

E então sentimos um vazio, como se tivéssemos vivido muito pouco, tudo isso, e devêssemos ter tomado mais sorvete, comido mais pipoca ou devorado mais bombons, com eles….

Hoje, só nos resta ficar de longe, torcendo e rezando para que eles acertem na busca da felicidade, pois filhos nunca estão no rodapé do nosso livro, mas fazem parte do tema central da nossa história.

Mas uma coisa, eu acredito que todos nós devemos ensinar a eles: 

Que eles podem e devem viver, com total independência de nós!

Afinal o filho é como um pássaro e a gente deve sempre:

•​Ensiná-lo a voar, sem voar o seu voo. 

•​Ensiná-lo a viver, sem viver a sua vida.

•​Ensiná-lo a sonhar, sem sonhar o seu sonho.

E rezar muito para que, em cada voo, em cada vida e em cada sonho deles, a gente possa identificar a marca, nem que seja sutil, dos nossos velhos ensinamentos, que um dia eles perceberão,  o quanto valem.

Nossos filhos cresceram. – Por José Luiz Richetti

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Grandfather And Father Giving Grandson Ride On Shoulders

Nossos filhos cresceram sem pedir qualquer licença. 

Aos poucos, a gente vê que ficou órfão dos nossos próprios filhos.

De repente, quando a gente percebe, eles entram em casa, nos dizem uma frase madura e pronto, percebemos que perdemos as nossas crianças!

Às vezes, eles se comportam até com uma certa arrogância, é verdade. 

Mas talvez porque se achem ou tenham a certeza de que já sabem tudo, o que é natural em determinada fase da vida, antes de atingir a real maturidade. 

Já não somos, mais para eles, aquele super-herói ou a heroína, de quando eram crianças. 

Viramos dinossauros. Não sabemos mais nada!

Nos tornamos, do dia para a noite, os ‘velhos’ que não entendem como as coisas funcionam. 

É como se tivéssemos nos tornado seres de outro planeta que já não tem a menor noção da vida, como ela é…

Eles se esquecem que temos a vivência de décadas a mais que eles e que a nossa experiência, vem da vida, da luta diária, dos erros, acertos e muitos aprendizados. 

Nada nos foi dado de graça e nem tampouco os ensinamentos da vida, vieram das faculdades, de doutorados ou MBA´s, tão em moda hoje em dia.

É nessa hora que voltamos a nos lembrar das trocas de fraldas; das noites sem dormir; dos primeiros passos; dos castelos de areia; do futebol no clube, das festinhas de aniversário; do primeiro dia no maternal; do levar e buscar na escola; das suas primeiras baladas. 

Quando menos se espera lá se foram as aulas de ballet, inglês, natação, judô. Sumiram os skates, os patinetes, os lanches do Mac Donald Feliz, os sorvetes com açaí, as sessões de cinema no shopping, os amigos adolescentes…

Tudo muda num piscar de olhos. Eles, agora agem e pensam diferente. 

Às vezes essas diferenças se amalgamam e se transformam em algo melhor. Outras vezes geram conflitos. 

É nessas horas que é preciso paciência para ao tentar ajudar, não atrapalhar.

Um dia olhamos no espelho e vemos os nossos primeiros cabelos brancos e no reflexo, estão lá, aqueles nossos bebês que viraram gente.

Por onde será que andaram essas crianças? Como foi que não percebemos e nem vimos eles crescerem?

Só sentimos que alguma coisa mudou. É como um carro que desce a ladeira sem freio. Muito rápido!

De repente, eles entram pela porta de casa com uma namorada a tira colo e logo depois se casam!

Tudo é rápido demais! 

Quando vemos, já estamos no auditório da faculdade para a formatura, na igreja para o casamento, no corredor do hospital para o nascimento do primeiro filho deles. Nosso primeiro neto….

Nossos filhos saíram do banco de trás do carro e passaram a se sentar no lugar do motorista e a guiar suas próprias vidas.

Nessas horas sentimos saudades daqueles bebês, de segurar no colo, da mamadeira antes de dormir, das canções de ninar, dos chorinhos de madrugada, da primeira papinha, do primeiro andar, de dizerem pela primeira vez papai ou mamãe, do rolar no tapete da sala, do primeiro aniversário….

E então sentimos um vazio, como se tivéssemos vivido muito pouco, tudo isso, e devêssemos ter tomado mais sorvete, comido mais pipoca ou devorado mais bombons, com eles….

Hoje, só nos resta ficar de longe, torcendo e rezando para que eles acertem na busca da felicidade, pois filhos nunca estão no rodapé do nosso livro, mas fazem parte do tema central da nossa história.

Mas uma coisa, eu acredito que todos nós devemos ensinar a eles: 

Que eles podem e devem viver, com total independência de nós!

Afinal o filho é como um pássaro e a gente deve sempre:

•​Ensiná-lo a voar, sem voar o seu voo. 

•​Ensiná-lo a viver, sem viver a sua vida.

•​Ensiná-lo a sonhar, sem sonhar o seu sonho.

E rezar muito para que, em cada voo, em cada vida e em cada sonho deles, a gente possa identificar a marca, nem que seja sutil, dos nossos velhos ensinamentos, que um dia eles perceberão,  o quanto valem.

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