Morador faz casinhas de cachorro com caixas de leite para doação em Laranjal Paulista

Foi arrecadando dezenas de caixinhas de leite que um dançarino de Laranjal Paulista (SP) começou a construir casinhas para cães de rua da cidade. Com a iniciativa, Israel Mendes de França pratica a solidariedade e ajuda os bichinhos a se esquentarem nas noites mais frias.

A primeira casinha foi montada há cerca de um mês. Os materiais usados, como caixas de leite vazias, foram doados por amigos e conhecidos. Desde então, segundo Israel, quatro encomendas foram feitas.

“Faço de coração e não cobro nada, mas a única coisa que peço às pessoas são as caixinhas de leite. Faço as casinhas a todas as pessoas que adotam cães de rua ou, que não têm condições financeiras”, conta.

De acordo com ele, as casinhas não são distribuídas em todo o município por conta do medo de depredações e furtos, mas são disponibilizadas gratuitamente a todos que o procuram.

“Queria muito colocar em pontos diversos da cidade, mas o meu maior medo é de estragarem ou furtarem. Por isso, estou fazendo desta maneira: as pessoas que adotam cachorros da rua vêm até mim e eu construo a moradia para elas.”

“Ver uma casinha pronta e pensar que quem fez fui eu me deixa muito feliz, principalmente porque servirá de lar para um cãozinho, que não precisará mais passar frio”, diz.

São necessárias mais de 215 caixinhas de leite para uma casinha ficar pronta e, dependendo do porte do cachorro, ela pode levar até 15 dias para ser montada. Outros materiais, como rolos de fitas adesivas e tintas, são custeadas pelo próprio Israel.

“Antes de tudo, eu higienizo as caixinhas para deixá-las sem cheiro e depois vou moldando. Uso em média mais de cinco rolos de fitas adesivas grossas para que o produto fique firme e tenha resistência e depois passo tinta para decorar. Gasto aproximadamente R$ 80 em tudo”, explica.

Para Israel, a satisfação em realizar um trabalho deste tipo não tem preço. Ele diz que, em breve, espera conseguir distribuir todas as moradias pelas ruas do município e incentivar a conscientização das pessoas em mantê-las preservadas.

“Estou com o coração cheio de alegria por saber que estou fazendo alguma diferença e sei que sem meus amigos e colegas não teria sido possível. Tive que me esforçar e me dedicar bastante com isso, mas cada esforço valeu muito a pena e continuará valendo”, completa.

Fonte: G1