O Brasil está totalmente na contramão do mundo. É criminosa a propaganda do governo “O Brasil Não Pode Parar”, recém-divulgada. Não há outra forma de qualificá-la. O presidente Jair Bolsonaro já deixou de ser uma ameaça à saúde pública. Ele está causando dano à vida dos brasileiros.
Esse tipo de propaganda desinforma e desorienta a população. Estimula as pessoas a correr mais risco e expor outros cidadãos ao perigo.
Não se sabe o que falta para o Congresso Nacional dar início a um processo de impeachment. O caminho mais curto seria o procurador-geral da República, Augusto Aras, ter algum brio e denunciar o presidente da República por crime comum.
Mas nada acontece porque Bolsonaro vem destruindo as instituições brasileiras, que ficam caladas. Ele fez um acordo com Aras para alçá-lo à Procuradoria Geral da República desrespeitando a lista tríplice do Ministério Público Federal. Indicou Aras para ter alguém afinado com ele e suas irresponsabilidades.
Bolsonaro já passou do ponto de ser ameaça à saúde pública. Ele está prejudicando o combate ao covid-19, aumentando o risco para os brasileiros. Suas atitudes farão crescer o número de mortes como resultado de uma conduta criminosa e irresponsável.
O primeiro-ministro do Reino Unido, o conservador Boris Johnson, deu um exemplo de como líder deve se comportar em relação ao coronavírus. Divulgou um vídeo no qual disse que contraiu covid-19, recomendou as pessoas a “ficar em casa para proteger” o sistema público de saúde britânico e “salvar vidas”. Está em quarentena, não infectando outras pessoas.
A preocupação com um eventual colapso do sistema hospitalar é mundial. Se houver casos demais, as pessoas não conseguirão ser atendidas e a letalidade da doença aumentará. É por isso que os cientistas falam para as pessoas ficarem em casa a fim de “achatar a curva”, que é diminuir o ritmo de crescimento do contágio para que os hospitais tentem dar conta do recado sem caos.
No Brasil, a gente vê egoísmo social. Pessoas sem consciência fazendo carreatas para que os pobres voltem ao trabalho. Estamos vendo no Brasil pessoas se revelando.
Governador de Nova York, o democrata Andrew Cuomo tem sido um líder de verdade. Ele disse algo interessante: “Quando a coisa aperta, você vê do que as pessoas são feitas. As pessoas são muito legais quando tudo vai bem. Mas, numa hora de dificuldade, elas se revelam”.
O presidente da República se nega a mostrar o seu teste oficial de covid-19. Diz que é preciso confiar na sua palavra. Mas Bolsonaro é um mentiroso patológico, contumaz. As fake news e a mentira são armas políticas que ele usa. Ele tem de mostrar o documento, o exame.
Mas o que ele faz? Não mostra o exame. Mais de 20 pessoas que viajaram com ele para os Estados Unidos estão infectadas. Um segurança está doente em estado grave.
Ora, é muita irresponsabilidade. Bolsonaro nunca teve atitude de um presidente da República, mas agora ameaça a vida das pessoas. Não podemos tratar isso com normalidade e dizer: “vamos isolar o Bolsonaro”. É impossível isolar um presidente da República devido ao poder que ele concentra. É uma brincadeira tolerar isso.
O Congresso Nacional e as instituições brasileiras têm de tomar medidas sérias em relação a esse genocida. O que Bolsonaro faz é propor um genocídio no Brasil, que vai atingir sobretudo os mais pobres. Essas coisas precisam ser ditas claramente para que responsabilidades sejam cobradas.
Não se trata de uma discussão sobre o melhor rumo para a economia. Não é uma discussão séria sobre a saúde pública. Não é sério o que Bolsonaro está fazendo. É criminoso. Isso precisa ser dito. Até Donald Trump já falou que ouvirá os cientistas antes de adotar algum relaxamento das regras de distanciamento social.
O mundo vive uma crise real, distópica. As vidas das pessoas estão em jogo. Autoridades não podem brincar com isso. É um absurdo o que acontece no Brasil debaixo do nariz de todo mundo.
Só Bolsonaro está certo? O mundo inteiro está errado?
O procurador-geral da República, Augusto Aras, deveria tomar providências. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, deveriam tomar providências. O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, também. Chega de punhos de renda.
O Brasil tem um presidente genocida. É isso o que Bolsonaro é. Pior é que a onda ainda vai bater forte no Brasil, que não consegue nem testar as pessoas.
As pessoas precisam saber quem será o responsável pelas mortes quando o nosso sistema de saúde entrar em colapso por causa da inépcia, incapacidade e irresponsabilidade criminosa de um governante como o Bolsonaro.com um eventual colapso do sistema hospitalar é mundial. Se houver casos demais, as pessoas não conseguirão ser atendid3