TEMPOS DIFÍCEIS, CRISE VIRAL vs COLAPSO ECONÔMICO, por Pedro Luiz Biandan

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pedro-biancan-cabecalho TEMPOS DIFÍCEIS, CRISE VIRAL vs COLAPSO ECONÔMICO, por Pedro Luiz Biandan

Todos nós estamos passando por tempos dificeis, inéditos e nunca antes vistos ou convividos.

Estamos em meio a um misto de insatisfaçao com as medidas preventivas e de confinamento contra o letal coronavírus e com a preocupação com os efeitos que essa interrupção de atividades e serviços possam causar na economia.

A família, por se tratar do bem mais precioso nas nossas vidas, devem ser protegidos, e, há uma grande preocupaçao se todos estão bem debaixo de nossas asas.
Por outro lado, para boa parte dos cidadãos, há preocupaçao com a situaçao econômica e financeira.

Numa cidade engessada com relaçao a renda e empregos, vários individuos partem para a informalidade como pequenos empresários e prestadores de serviços. Mesmo outros negócios formais, são pequenos e frágeis e com temor se, sobreviverão a tantos dias parados.

Em sua coluna na Rádio Brasil Atual, na manhã da ultima quinta-feira (19), o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Júnior, afirma que, apesar de o governo Bolsonaro reconhecer que é preciso que a população tenha renda garantida enquanto durar a crise provocada pela chegada do coronavírus ao Brasil, propostas anunciadas no dia anterior (18) pela equipe econômica “vão na contramão” do que a entidade imaginava ou esperava.

“A medida que o governo está propondo de reduzir salários, além de possibilitar férias e outros mecanismos muito rápidos, sem precisar conversar com ninguém, é a (nova fase da) reforma trabalhista, a MP 905. O governo vai na mesma linha de retirar renda da mão dos trabalhadores quando, no momento de crise econômica que nós estamos, deveria colocar mais renda na mão dos trabalhadores”, contesta Fausto. “No caso dos trabalhadores privados o que nós precisamos é de uma medida muito rápida de garantia dos postos de trabalho”. 

De acordo com o analista, esse plano do governo, ao lado da reduçao da taxa basica de juros, decretada em 18/03 pelo Banco Central, em 0,5 ponto percentual, apenas confirmam a visão de Bolsonaro que, mesmo diante de uma pandemia, vem minimizando os impactos pedindo para que “não haja histeria”.

“Não temos que ter histeria”, diz Fausto, “mas temos que ter medidas muito aceleradas para conter a crise. Se (por um lado) nós estamos em meio de um ciclo viral, (por outro) nós já estamos no auge da crise econômica, porque o Brasil já vinha de um crescimento muito baixo, perda de renda e ampliação do desemprego”.

A economia não vinha respondendo bem as medidas economicas adotadas pelo Ministro Guedes. A onda popular das redes sociais, pelos apoiadores do presidente, de que, estamos a 15 meses num governo sem corrupçao, dá uma melancólica impressão de “mesmo com a economia ruim, o importante é nao ter corrupçao”. Hoje, a grande contradição das redes sociais é pela interrupção da quarentena e volta imediata de todas as atividades cotidianas, pois a visão contraditória “a economia nao pode parar por causa de um virus, isso é histeria”.

Trocando em miudos, a economia ruim não é tão importante quanto quinze meses sem corrupção….. Dez dias depois, nada é tão importante quanto a economia, nem uma “gripezinha”.

Hora de consenso, conscientização e prevenção, cobrando, não idolatrando, o governo para que cuide do seu povo, tome medidas, a garantir que a população possa atravessar essa crise, com o mínimo de dignidade para sua subsistência e de sua família. Precisamos sim da palavra de grandes empresários e detentores de grandes fortunas, porem precisamos mais ainda, que eles façam a sua parte, garantindo empregos e renda. Nao são somente os pobres que tem que pagar, essa conta é de todos.

TEMPOS DIFÍCEIS, CRISE VIRAL vs COLAPSO ECONÔMICO, por Pedro Luiz Biandan

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Todos nós estamos passando por tempos dificeis, inéditos e nunca antes vistos ou convividos.

Estamos em meio a um misto de insatisfaçao com as medidas preventivas e de confinamento contra o letal coronavírus e com a preocupação com os efeitos que essa interrupção de atividades e serviços possam causar na economia.

A família, por se tratar do bem mais precioso nas nossas vidas, devem ser protegidos, e, há uma grande preocupaçao se todos estão bem debaixo de nossas asas.
Por outro lado, para boa parte dos cidadãos, há preocupaçao com a situaçao econômica e financeira.

Numa cidade engessada com relaçao a renda e empregos, vários individuos partem para a informalidade como pequenos empresários e prestadores de serviços. Mesmo outros negócios formais, são pequenos e frágeis e com temor se, sobreviverão a tantos dias parados.

Em sua coluna na Rádio Brasil Atual, na manhã da ultima quinta-feira (19), o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Júnior, afirma que, apesar de o governo Bolsonaro reconhecer que é preciso que a população tenha renda garantida enquanto durar a crise provocada pela chegada do coronavírus ao Brasil, propostas anunciadas no dia anterior (18) pela equipe econômica “vão na contramão” do que a entidade imaginava ou esperava.

“A medida que o governo está propondo de reduzir salários, além de possibilitar férias e outros mecanismos muito rápidos, sem precisar conversar com ninguém, é a (nova fase da) reforma trabalhista, a MP 905. O governo vai na mesma linha de retirar renda da mão dos trabalhadores quando, no momento de crise econômica que nós estamos, deveria colocar mais renda na mão dos trabalhadores”, contesta Fausto. “No caso dos trabalhadores privados o que nós precisamos é de uma medida muito rápida de garantia dos postos de trabalho”. 

De acordo com o analista, esse plano do governo, ao lado da reduçao da taxa basica de juros, decretada em 18/03 pelo Banco Central, em 0,5 ponto percentual, apenas confirmam a visão de Bolsonaro que, mesmo diante de uma pandemia, vem minimizando os impactos pedindo para que “não haja histeria”.

“Não temos que ter histeria”, diz Fausto, “mas temos que ter medidas muito aceleradas para conter a crise. Se (por um lado) nós estamos em meio de um ciclo viral, (por outro) nós já estamos no auge da crise econômica, porque o Brasil já vinha de um crescimento muito baixo, perda de renda e ampliação do desemprego”.

A economia não vinha respondendo bem as medidas economicas adotadas pelo Ministro Guedes. A onda popular das redes sociais, pelos apoiadores do presidente, de que, estamos a 15 meses num governo sem corrupçao, dá uma melancólica impressão de “mesmo com a economia ruim, o importante é nao ter corrupçao”. Hoje, a grande contradição das redes sociais é pela interrupção da quarentena e volta imediata de todas as atividades cotidianas, pois a visão contraditória “a economia nao pode parar por causa de um virus, isso é histeria”.

Trocando em miudos, a economia ruim não é tão importante quanto quinze meses sem corrupção….. Dez dias depois, nada é tão importante quanto a economia, nem uma “gripezinha”.

Hora de consenso, conscientização e prevenção, cobrando, não idolatrando, o governo para que cuide do seu povo, tome medidas, a garantir que a população possa atravessar essa crise, com o mínimo de dignidade para sua subsistência e de sua família. Precisamos sim da palavra de grandes empresários e detentores de grandes fortunas, porem precisamos mais ainda, que eles façam a sua parte, garantindo empregos e renda. Nao são somente os pobres que tem que pagar, essa conta é de todos.

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