Escola Atílio Innocenti presta homenagem ao jornalista e escritor Gildo Sanches

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Na última terça-feira, 19 de novembro de 2019, a Escola Atílio Innocenti de São Manuel, prestou uma justa e linda homenagem ao jornalista, radialista e escritor, Gildo Sanches. A homenagem coincidiu com o aniversário de terceiro ano de seu falecimento.

gildo1 Escola Atílio Innocenti presta homenagem ao jornalista e escritor Gildo Sanches
Professora Márcia Bizotto (vice-Diretora), Professora Vera (bibliotecária), Lívia Maria (neta), Flávio Renato Sanches (Shã, filho), Juliana (sobrinha), Giovana (sobrinha), Cristina e Maria Helena (cunhadas).

A justa homenagem teve a colaboração dos alunos, Diretores e familiares, e contou com exposição dos livros do Gildo e também foi contada um pouco da história de vida do autor.

gildo2 Escola Atílio Innocenti presta homenagem ao jornalista e escritor Gildo Sanches
Caricatura feita por uma das alunas da escola

Alunos conheceram um pouco do trabalho deste jornalista, escritor, bancário e radialista que, por muitos anos, emprestou seus textos a vários jornais locais e regionais, e também sua voz às emissoras de rádio da cidade.

gildo3 Escola Atílio Innocenti presta homenagem ao jornalista e escritor Gildo Sanches
Gildo foi o autor de quatro livros, que ficaram a disposição de todos.

Livros editados: 

96 – São Manuel ontem e hoje
98 – Caderno de Notas
2000 – Palavras
2002 – Tinoco, um herói do sertão

Depois dessa primeira exposição, há um projeto para que em todos os anos seja feita uma semana em homenagem ao inesquecível Gildo Sanches.

image-29 Escola Atílio Innocenti presta homenagem ao jornalista e escritor Gildo Sanches

Nascido no dia 15 de junho de 1943, na Fazenda Pau D’Alho, aqui em São Manuel, onde residiam seus pais, Tomáz Sanches e Encarnação Gonzales Sanches, ambos já falecidos. Tem a irmã Cidinha Navas, uma conhecida professora de nossa cidade, e foi casado com Elza Ordonho Sanches. Ela era portadora da Doença de Alzheimer, e ele o seu cuidador até seus últimos momentos de vida. Eles têm um único filho, Flávio Renato Sanches, o Shã, que é pai da jovem Lívia Maria.

Gildo Sanches começou a trabalhar desde muito cedo. Com seus 12, 13 anos de idade, já ajudava seus avós Braz e Torquata, peixeiros, a transportar os caixotes de peixes que vinham de Santos, pela antiga Estrada de Ferro Sorocabana, numa rudimentar carriola de madeira. Estudou, primeiro no Grupo Escolar “Dr. Augusto Reis”, depois no Colégio Estadual e Escola Normal “Dr. Manuel José Chaves”, onde concluiu o Ginásio. Fez então o Curso de Técnico em Contabilidade na Escola “Prof. Carlos Bon”.

Chegou a trabalhar com seu tio Francisco Gonzales, o Paco, na antiga Abirarema, revendedora de autopeças, em seus períodos de férias escolares. Mas o primeiro emprego efetivo foi na Casa Omega, de Humberto Paschoal, em 1959, onde atuou ao lado do atual proprietário da loja, Leonildo Moretto, com quem chegou a aprender rudimentos da profissão de relojoeiro. Ingressou depois na Casa União, um grande armazém de secos e molhados de nossa cidade, precursor dos supermercados de hoje, como auxiliar de escritório.

Em setembro de 1962, por intermédio de amigos, como o saudoso Ivo Tirapelli, conseguiu um emprego no então Banco Brasul de São Paulo S.A. Em 1965 foi transferido, com promoção, para Goiânia, capital de Goiás. Dois anos depois tornou-se subgerente da agência de Porto Alegre, capital gaúcha, onde permaneceu até 1970.

Nesse ano pediu para retornar para o Estado de São Paulo, por razões pessoais. O banco o transferiu novamente para São Manuel, onde ele viveu um tempo conturbado, de fusões bancárias, que o levaram a trabalhar no mesmo banco, com outras denominações: Banco Comercial Brasul, Banco União Comercial e, por fim, Banco Itaú. Neste banco foi gerente das agências de São Manuel, Agudos, Espírito Santo do Pinhal e Tietê, onde se aposentou em 1992.

Retornando para São Manuel, Gildo Sanches foi convidado pelo então prefeito Marcos Monti, em 1993, para assessorá-lo. Chegou a ser diretor do Departamento de Imprensa, hoje Diretoria de Comunicação. Celso Luizetto, eleito prefeito em 1996, o chamou para continuar no cargo. Depois ocupou sua chefia de Gabinete, até o final daquela administração, no ano 2000. Desde então foi colaborador do Jornal O Debate e da Rádio Clube de São Manuel AM 1.510, até dezembro de 2013. Escreve também para o jornal O Pratiano, desde sua fundação.

Na Rádio Clube, Gildo Sanches começou a trabalhar nos idos de 1963, iniciando-se como locutor, comentarista e narrador esportivo. Fora de São Manuel também atuou em outras emissoras, como a Pinhal Rádio Clube, Rádio Vinícola de Andradas, em Minas Gerais, e Rádio Nova Regional FM de Tietê. Escreveu para o “Jornal de Pinhal” e para o jornal “O Democrata”, de Tietê.

Em 1996 escreveu e publicou seu primeiro livro, “São Manuel Ontem e Hoje”, contendo alguns aspectos da história de São Manuel. No ano de 1998 surgiu o segundo livro, “Caderno de Notas”, com registros de sua experiência como correspondente da “Folha de S. Paulo”, entre 1975 e 1985, histórias sobre as várias Copas do Mundo e crônicas sobre acontecimentos ou pessoas de São Manuel. No ano 2000 fez um livro de poemas, repleto de mensagens positivistas, denominado “Palavras”. Em 2002 publicou o livro “Tinoco, um herói do sertão”, contando a história de Tonico e Tinoco.

Quando fala em seu trabalho como escritor, diz que isso lhe soa como uma forma de lazer. “Acho que todos temos que buscar alguma coisa que nos dê prazer. O pescador procura isso na pescaria, o esportista no esporte que mais o atrai, alguns gostam de viajar, outros de escalar montanhas, sempre procurando uma satisfação pessoal. Eu busco isso escrevendo e, claro, lendo também”, diz ele.

Como mensagem final desta entrevista, Gildo Sanches cita o que escreveu na página final de seu livro “Caderno de Notas”: “Viver é uma questão de jeito, de como a gente vê e analisa as coisas. Segundo Confúcio, há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinhos, e outras que gargalham de alegria por saber que os espinhos têm rosas. Pontos de vista diversos, maneiras de viver diferentes. Também é dentro de nós que precisamos encontrar forças para vencer as adversidades, lembrando, por exemplo, que os papagaios de papel sobem contra o vento, e não a favor dele. E assim, vamos vivendo, e convivendo, de preferência entre pessoas que nos ensinem a seguir por um caminho justo e perfeito, sem esquecer que, se pudermos encontrar a luz, não devemos negá-la aos que ficaram nas trevas”.

No final de 2013, para continuar cuidando de sua esposas, Gildo se afastou dos microfones e manteve no ar o “Blog do Gildo” e uma coluna no Jornal O Pratiano. Faleceu em novembro de 2016.

Fonte: O DEBATE

Escola Atílio Innocenti presta homenagem ao jornalista e escritor Gildo Sanches

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Na última terça-feira, 19 de novembro de 2019, a Escola Atílio Innocenti de São Manuel, prestou uma justa e linda homenagem ao jornalista, radialista e escritor, Gildo Sanches. A homenagem coincidiu com o aniversário de terceiro ano de seu falecimento.

gildo1 Escola Atílio Innocenti presta homenagem ao jornalista e escritor Gildo Sanches
Professora Márcia Bizotto (vice-Diretora), Professora Vera (bibliotecária), Lívia Maria (neta), Flávio Renato Sanches (Shã, filho), Juliana (sobrinha), Giovana (sobrinha), Cristina e Maria Helena (cunhadas).

A justa homenagem teve a colaboração dos alunos, Diretores e familiares, e contou com exposição dos livros do Gildo e também foi contada um pouco da história de vida do autor.

gildo2 Escola Atílio Innocenti presta homenagem ao jornalista e escritor Gildo Sanches
Caricatura feita por uma das alunas da escola

Alunos conheceram um pouco do trabalho deste jornalista, escritor, bancário e radialista que, por muitos anos, emprestou seus textos a vários jornais locais e regionais, e também sua voz às emissoras de rádio da cidade.

gildo3 Escola Atílio Innocenti presta homenagem ao jornalista e escritor Gildo Sanches
Gildo foi o autor de quatro livros, que ficaram a disposição de todos.

Livros editados: 

96 – São Manuel ontem e hoje
98 – Caderno de Notas
2000 – Palavras
2002 – Tinoco, um herói do sertão

Depois dessa primeira exposição, há um projeto para que em todos os anos seja feita uma semana em homenagem ao inesquecível Gildo Sanches.

image-29 Escola Atílio Innocenti presta homenagem ao jornalista e escritor Gildo Sanches

Nascido no dia 15 de junho de 1943, na Fazenda Pau D’Alho, aqui em São Manuel, onde residiam seus pais, Tomáz Sanches e Encarnação Gonzales Sanches, ambos já falecidos. Tem a irmã Cidinha Navas, uma conhecida professora de nossa cidade, e foi casado com Elza Ordonho Sanches. Ela era portadora da Doença de Alzheimer, e ele o seu cuidador até seus últimos momentos de vida. Eles têm um único filho, Flávio Renato Sanches, o Shã, que é pai da jovem Lívia Maria.

Gildo Sanches começou a trabalhar desde muito cedo. Com seus 12, 13 anos de idade, já ajudava seus avós Braz e Torquata, peixeiros, a transportar os caixotes de peixes que vinham de Santos, pela antiga Estrada de Ferro Sorocabana, numa rudimentar carriola de madeira. Estudou, primeiro no Grupo Escolar “Dr. Augusto Reis”, depois no Colégio Estadual e Escola Normal “Dr. Manuel José Chaves”, onde concluiu o Ginásio. Fez então o Curso de Técnico em Contabilidade na Escola “Prof. Carlos Bon”.

Chegou a trabalhar com seu tio Francisco Gonzales, o Paco, na antiga Abirarema, revendedora de autopeças, em seus períodos de férias escolares. Mas o primeiro emprego efetivo foi na Casa Omega, de Humberto Paschoal, em 1959, onde atuou ao lado do atual proprietário da loja, Leonildo Moretto, com quem chegou a aprender rudimentos da profissão de relojoeiro. Ingressou depois na Casa União, um grande armazém de secos e molhados de nossa cidade, precursor dos supermercados de hoje, como auxiliar de escritório.

Em setembro de 1962, por intermédio de amigos, como o saudoso Ivo Tirapelli, conseguiu um emprego no então Banco Brasul de São Paulo S.A. Em 1965 foi transferido, com promoção, para Goiânia, capital de Goiás. Dois anos depois tornou-se subgerente da agência de Porto Alegre, capital gaúcha, onde permaneceu até 1970.

Nesse ano pediu para retornar para o Estado de São Paulo, por razões pessoais. O banco o transferiu novamente para São Manuel, onde ele viveu um tempo conturbado, de fusões bancárias, que o levaram a trabalhar no mesmo banco, com outras denominações: Banco Comercial Brasul, Banco União Comercial e, por fim, Banco Itaú. Neste banco foi gerente das agências de São Manuel, Agudos, Espírito Santo do Pinhal e Tietê, onde se aposentou em 1992.

Retornando para São Manuel, Gildo Sanches foi convidado pelo então prefeito Marcos Monti, em 1993, para assessorá-lo. Chegou a ser diretor do Departamento de Imprensa, hoje Diretoria de Comunicação. Celso Luizetto, eleito prefeito em 1996, o chamou para continuar no cargo. Depois ocupou sua chefia de Gabinete, até o final daquela administração, no ano 2000. Desde então foi colaborador do Jornal O Debate e da Rádio Clube de São Manuel AM 1.510, até dezembro de 2013. Escreve também para o jornal O Pratiano, desde sua fundação.

Na Rádio Clube, Gildo Sanches começou a trabalhar nos idos de 1963, iniciando-se como locutor, comentarista e narrador esportivo. Fora de São Manuel também atuou em outras emissoras, como a Pinhal Rádio Clube, Rádio Vinícola de Andradas, em Minas Gerais, e Rádio Nova Regional FM de Tietê. Escreveu para o “Jornal de Pinhal” e para o jornal “O Democrata”, de Tietê.

Em 1996 escreveu e publicou seu primeiro livro, “São Manuel Ontem e Hoje”, contendo alguns aspectos da história de São Manuel. No ano de 1998 surgiu o segundo livro, “Caderno de Notas”, com registros de sua experiência como correspondente da “Folha de S. Paulo”, entre 1975 e 1985, histórias sobre as várias Copas do Mundo e crônicas sobre acontecimentos ou pessoas de São Manuel. No ano 2000 fez um livro de poemas, repleto de mensagens positivistas, denominado “Palavras”. Em 2002 publicou o livro “Tinoco, um herói do sertão”, contando a história de Tonico e Tinoco.

Quando fala em seu trabalho como escritor, diz que isso lhe soa como uma forma de lazer. “Acho que todos temos que buscar alguma coisa que nos dê prazer. O pescador procura isso na pescaria, o esportista no esporte que mais o atrai, alguns gostam de viajar, outros de escalar montanhas, sempre procurando uma satisfação pessoal. Eu busco isso escrevendo e, claro, lendo também”, diz ele.

Como mensagem final desta entrevista, Gildo Sanches cita o que escreveu na página final de seu livro “Caderno de Notas”: “Viver é uma questão de jeito, de como a gente vê e analisa as coisas. Segundo Confúcio, há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinhos, e outras que gargalham de alegria por saber que os espinhos têm rosas. Pontos de vista diversos, maneiras de viver diferentes. Também é dentro de nós que precisamos encontrar forças para vencer as adversidades, lembrando, por exemplo, que os papagaios de papel sobem contra o vento, e não a favor dele. E assim, vamos vivendo, e convivendo, de preferência entre pessoas que nos ensinem a seguir por um caminho justo e perfeito, sem esquecer que, se pudermos encontrar a luz, não devemos negá-la aos que ficaram nas trevas”.

No final de 2013, para continuar cuidando de sua esposas, Gildo se afastou dos microfones e manteve no ar o “Blog do Gildo” e uma coluna no Jornal O Pratiano. Faleceu em novembro de 2016.

Fonte: O DEBATE

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