As promessas dos candidatos como crime eleitorais, por Pedro Biandan

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Uma boa proposta de mudança radical de nosso sistema político!

Há tempos venho vendo as defesas à retomada imediata do mandato político em caso de patente má-fé do candidato que faz proposta irreal somente para angariar votos. Porque não se criminalizar essa atitude que tantos males ocasiona a nossa sociedade?

Sei que muitos vão achar que a proposta aqui trazida é exagerada, mas será que não precisamos de uma medida drástica quando a situação se encontra passando dos limites, pois alguém defende que hoje a campanha eleitoral não seja uma campanha de marqueteiros, que de modo inusitado dominam a cena do processo eleitoral. Cadê as ideias dos candidatos e partidos? Isso sem falar cadê os programas de governos dos candidatos e a efetiva discussão dos mesmos durante a campanha?

Não há (nunca houve, nem haverá!) seriedade ou compromisso com a palavra dada ou empenhada pelo candidato na época das eleições. Ao iniciar-se na arte da política, a primeira coisa que o candidato aprende é a prometer.

O brasileiro é, antes de tudo, um infiel. Um compulsivo fazedor de promessas.

Consabidamente, somos expositores de dois modelos sociológicos repudiados pelas nações politicamente organizadas: a infidelidade partidária e a promessa eleitoreira.

A palavra está para o político como a linguagem está para o direito.
A deturpação que se faz de cada um desses instrumentos é o que prejudica a sociedade. Nas eleições vivemos apenas a escutar promessas, jogadas nos horários eleitorais e nos eventos políticos despudoradamente, por todos os candidatos.

Não por acaso juristas e sociólogos brasileiros estão exigindo a criminalização da conduta da promessa não cumprida, estelionatária, aquela de impossível cumprimento ou irrealizável.

É certo que nessas eleições do presente, em que foi suprimido o romantismo do partidarismo político, em que se aposentaram os bons discursos e acabaram com a presença física dos candidatos, a promessa e a falsidade são os elementos mais usados, porque manobrados por marqueteiros.

Lembro ainda de um artigo do jornalista Antonio Prata (Folha de São Paulo), a nossa “pátria de ponteiros”, quando o brasileiro diz ‘tô chegando!’ é porque, na real, ele está saindo. O brasileiro, no que tange ao atraso, estão sempre uma etapa à frente da realidade são uma manifestação do seu desejo. Se a pessoa diz que está chegando, é porque tá saindo, e se diz que tá saindo, é porque ainda precisa tomar banho, tirar a roupa da máquina e botar comida pro cachorro.

Criminalizar as promessas eleitorais pode ser o caminho para uma mudança comportamental numa sociedade.

pedrinho-biandan-22 As promessas dos candidatos como crime eleitorais, por Pedro Biandan

SOBRE O AUTOR:
Pedro Luiz Biandan, casado com Márcia Cristina Montanholi Biandan, 54 anos, formado em Administração de Empresas com Ênfase em Comércio Exterior, foi professor do ensino médio, vice prefeito de São Manuel entre 2013 e 2016, cartorário por 28 anos.

As promessas dos candidatos como crime eleitorais, por Pedro Biandan

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Uma boa proposta de mudança radical de nosso sistema político!

Há tempos venho vendo as defesas à retomada imediata do mandato político em caso de patente má-fé do candidato que faz proposta irreal somente para angariar votos. Porque não se criminalizar essa atitude que tantos males ocasiona a nossa sociedade?

Sei que muitos vão achar que a proposta aqui trazida é exagerada, mas será que não precisamos de uma medida drástica quando a situação se encontra passando dos limites, pois alguém defende que hoje a campanha eleitoral não seja uma campanha de marqueteiros, que de modo inusitado dominam a cena do processo eleitoral. Cadê as ideias dos candidatos e partidos? Isso sem falar cadê os programas de governos dos candidatos e a efetiva discussão dos mesmos durante a campanha?

Não há (nunca houve, nem haverá!) seriedade ou compromisso com a palavra dada ou empenhada pelo candidato na época das eleições. Ao iniciar-se na arte da política, a primeira coisa que o candidato aprende é a prometer.

O brasileiro é, antes de tudo, um infiel. Um compulsivo fazedor de promessas.

Consabidamente, somos expositores de dois modelos sociológicos repudiados pelas nações politicamente organizadas: a infidelidade partidária e a promessa eleitoreira.

A palavra está para o político como a linguagem está para o direito.
A deturpação que se faz de cada um desses instrumentos é o que prejudica a sociedade. Nas eleições vivemos apenas a escutar promessas, jogadas nos horários eleitorais e nos eventos políticos despudoradamente, por todos os candidatos.

Não por acaso juristas e sociólogos brasileiros estão exigindo a criminalização da conduta da promessa não cumprida, estelionatária, aquela de impossível cumprimento ou irrealizável.

É certo que nessas eleições do presente, em que foi suprimido o romantismo do partidarismo político, em que se aposentaram os bons discursos e acabaram com a presença física dos candidatos, a promessa e a falsidade são os elementos mais usados, porque manobrados por marqueteiros.

Lembro ainda de um artigo do jornalista Antonio Prata (Folha de São Paulo), a nossa “pátria de ponteiros”, quando o brasileiro diz ‘tô chegando!’ é porque, na real, ele está saindo. O brasileiro, no que tange ao atraso, estão sempre uma etapa à frente da realidade são uma manifestação do seu desejo. Se a pessoa diz que está chegando, é porque tá saindo, e se diz que tá saindo, é porque ainda precisa tomar banho, tirar a roupa da máquina e botar comida pro cachorro.

Criminalizar as promessas eleitorais pode ser o caminho para uma mudança comportamental numa sociedade.

pedrinho-biandan-22 As promessas dos candidatos como crime eleitorais, por Pedro Biandan

SOBRE O AUTOR:
Pedro Luiz Biandan, casado com Márcia Cristina Montanholi Biandan, 54 anos, formado em Administração de Empresas com Ênfase em Comércio Exterior, foi professor do ensino médio, vice prefeito de São Manuel entre 2013 e 2016, cartorário por 28 anos.

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