Ainda não estamos em ano eleitoral, mas 2020 está logo ali e, com ele, estratégias eleitorais começam a se desenhar em São Manuel.
Novos tempos, eleitores atentos, outros nem tanto, porém os sinais, ainda que discretos, começam a projetar as campanhas de caça aos eleitores.
Com o apoio e uso da máquina, o Prefeito Ricardo Salaro, corre contra o tempo para mostrar a mudança e a transformação prometida, porém utilizando-se da velha politica de transformar quatro anos em apenas um.
Obras paradas, inclusive um Distrito Industrial estagnado desde 2017 (inicio de sua administração) são agravantes de rejeição, pois o cidadão não consegue entender porque ainda não se gerou empregos, uma vez que as vizinhas Botucatu e Lençóis Paulista, no mesmo período de gestão politico administrativa, estão em pleno desenvolvimento com novos e importantes investimentos. Seria a crise que desembarca no Trevo “Manoel Grandini Casquel” e aqui submerge a âncora?
O povo, já acostumado, viu logo nos primeiros meses, a quebra de confiança e o rompimento de Ricardo com seu vice-prefeito Major Rubin, assim como acontecera em outras gestões da velha política, trazendo uma incógnita, quem seria o vice prefeito (candidato) numa chapa de reeleição de Ricardo. Poderia perfeitamente, ser um dos vereadores de sua base, porém, pesquisas podem pesar na decisão negativa, inclusive do Prefeito à reeleição.
Já Major Rubin, depois de tentar algumas vezes o cargo máximo da prefeitura, acabou sendo vice, eu em particular, nunca acreditei que ele ficaria a sombra de Ricardo. Depois do rompimento, Major ficou fora da administração e acredita que fora do desgaste também, porém pelo que se escuta, há um descontentamento à sua atitude passiva de receber um bom salário, sem cumprir sua função, delegada por seus eleitores.
Pessoas próximas, dizem que o Major em conversas particulares tem considerado ruim a administração de Ricardo, o qual ajudou a eleger com as mesmas promessas. Essa é a informação que corre, embora oficialmente ele nunca tenha dito isso e não seja possível confirmar a veracidade da informação.
Numa segunda vertente, Odirlei Felix, o baixinho é prefeitável declarado, com o vice já anunciado, o Vereador Fernando Henrique dos Santos, o Fefê. Juntos procuram participar de todos os problemas que são marcados ou citados em rede social ou nas visitas periódicas que promovem nos bairros, as vezes a resolução não vem, mas pelo que parece a atenção dispensada, pelo menos por hora, tá valendo. Baixinho e Fefê foram assíduos apoiadores na campanha de Ricardo Salaro, porém a relação não vingou e durou pouquíssimos meses. Baixinho quando Presidente da Câmara, trouxe ainda outros vereadores da campanha de Ricardo para a oposição.
Outra possibilidade na busca pelo executivo também demonstram intenções, Silvio Franco é um exemplo, depois de dois mandatos no legislativo, busca alçar novos vôos. Silvio atualmente pisa em cascas de ovos, pois seu partido político, o PSDB, perdeu forças no estado, na região e principalmente em São Manuel, com a queda do ex-deputado estadual Fernando Capez. João Doria (PSDB), governador de São Paulo, tem buscado uma política de contenção de gastos, investimentos restritos, podendo levar ao encerramento ou fechamento, terceirização ou entrega a iniciativa privada, vários departamentos e empresas públicas, trazendo ainda, menos atrativos para o estado e consequentemente para nossa cidade.
A questão que anda inspirando boatos, comentários e especulações é se o grupo político do ex-deputado federal Milton Monti, lançaria algum candidato. Se Milton ainda assumir alguma cadeira na Câmara Federal (já que é primeiro suplente), enterra-se de vez alguma possibilidade dele próprio ser candidato. Por via de regra, buscaria restabelecer e fortalecer o grupo, indicando ou apoiando algum nome, porém só saberemos quando o baú for aberto de suas sete chaves.
Ainda não arrisco que rumo deve tomar o ex-prefeito Flávio Silva, já que ainda não pode ser candidato, impedido pela inexigibilidade, provável que apoie alguém, já que sua experiência passada em lançar um nome, não foi frutífera.
Outros nomes, todos tradicionais, devem correr a boca pequena até as prévias e convenções de 2020. Acredito que não teremos candidaturas surpresas em 2020. Teremos novos tempos, novas idéias, não IDEAIS é a velha política!
SOBRE O AUTOR:
Pedro Luiz Biandan, casado com Márcia Cristina Montanholi Biandan, 53 anos, formado em Administração de Empresas com Ênfase em Comércio Exterior, foi professor do ensino médio, vice prefeito de São Manuel entre 2013 e 2016, cartorário por 28 anos.